O Brasil ultrapassou neste sábado (08/08) a marca de 100 mil mortes na pandemia do novo coronavírus, desconsiderando a subnotificação que caracteriza a crise sanitária no país. O resultado da pandemia no Brasil é uma das maiores tragédias da história do país e já supera eventos como a Guerra do Paraguai e pandemia da gripe espanhola.
De acordo com levantamento nos sites das secretarias estaduais de Saúde, o Brasil acumula pelo menos 100.096 pessoas que não poderão mais “tocar a vida”, para usar palavras do presidente Jair Bolsonaro, em função da mais grave pandemia no mundo em um século.
Ainda sem conseguir controlar a crise, o país também soma quase 3 milhões de casos (2.986.447). São Paulo é o estado com mais contágios (621.731) e mortes (25.016) em termos absolutos, enquanto Roraima lidera em números relativos, com 5.932 infecções e 90 óbitos para cada 100 mil habitantes.
TODA A COBERTURA DE OPERA MUNDI SOBRE A PANDEMIA DE CORONAVÍRUS
O Brasil tem incidência de 1.419 casos para cada 100 mil habitantes, valor inferior apenas aos de Chile (1.981/100 mil), EUA (1.517/100 mil) e Peru (1.450/100 mil) entre países com mais de 10 milhões de pessoas, segundo dados do monitoramento da Universidade Johns Hopkins.
Já a incidência de óbitos no Brasil é de 48 para cada 100 mil habitantes, número que, levando em conta os mesmos critérios, o deixa atrás apenas de Bélgica (86/100 mil), Reino Unido (70/100 mil), Peru (65/100 mil), Espanha (61/100 mil), Itália (58/100 mil), Suécia (57/100 mil), Chile (53/100 mil), e EUA (49/100 mil).
Na última quinta-feira (06/08), ao comentar a iminência de o Brasil superar a marca de 100 mil mortes, Bolsonaro disse: “A gente lamenta todas as mortes, mas vamos tocar a vida e se safar desse problema”.
(*) Com Ansa e Sputnik