O assunto que abriu o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante o encontro virtual do G20 nesta quarta-feira (22/11), foi o acordo de trégua temporária entre Israel e o grupo Hamas para a libertação de reféns.
Ao reforçar a preocupação de que o conflito no Oriente Médio se somará às “múltiplas crises” que o mundo já enfrenta, o petista saudou a resolução entre as partes conflitantes:
“Quero saudar o acordo anunciado hoje entre Israel e o Hamas, que envolve a libertação de reféns em troca de uma trégua temporária de quatro dias e a libertação de prisioneiros palestinos.”
O petista também afirmou esperar que o “acordo possa pavimentar o caminho para uma saída política e duradoura para este conflito e para a retomada do processo de paz entre Israel e Palestina“.
As declarações acontecem em um momento anterior à transição da presidência do bloco formado pelas 19 maiores economias mundiais e a União Europeia. Logo no início de dezembro, a Índia passará o bastão para o Brasil, que chefiará o G20.
Agência Gov
Lula comemora acordo temporário de trégua entre Israel e Hamas, e antecipa pautas prioritárias para G20
Pautas prioritárias para Brasil no G20
Lula antecipou algumas pautas que serão postas como prioridade, citando o combate à fome e desigualdade social, mudança no clima e reforma na “governança global” para os problemas em questão.
“Vamos buscar resultados concretos, que gerem benefícios para os mais pobres e vulneráveis, em todo o planeta. O G20 ajudará a alavancar iniciativas multilaterais em curso. Precisamos recuperar a tripla dimensão do desenvolvimento sustentável e acelerar o ritmo de implementação da Agenda 2030”, afirmou o presidente, acrescendo que espera presidir o grupo com uma “agenda climática ambiciosa que assegure a sustentabilidade do planeta e a dignidade das pessoas”.
Para o melhor funcionamento das discussões internacionais, o líder também destacou a importância de ampliar a participação dos “países em desenvolvimento”, como América do Sul e África.
“Vamos discutir como fortalecer a governança global para lidar com antigas e novas questões. Uma maior diversidade de vozes precisa ser levada em conta. É por isso que saudamos a incorporação da União Africana como membro pleno neste Fórum.”
Os tópicos destacados por Lula condizem com aqueles já antecipados e apresentados em setembro, na cúpula em Nova Déli, na Índia, vez em que o petista havia escolhido as mesmas três linhas de ação para estruturar os trabalhos do bloco.