O encontro entre os chefes do Irã e da Cuba marcam o reforço da cooperação entre as duas nações para diversos setores: ciência e tecnologia, saúde, agricultura, energia e minas, comunicações e medicina.
Nesta segunda-feira (04/12), os líderes Miguel Díaz-Canel, cubano, e Ebrahim Raisi, iraniano, assinaram acordos de entendimento em esferas essenciais das relações bilaterais, em Teerã, no Palácio de Sadabad.
Ao todo, foram sete documentos acordados com o objetivo de fortalecer os laços estratégicos e as relações interparlamentares.
“Já estamos na República Islâmica do Irã, uma nação à qual estamos unidos por laços históricos de amizade e cooperação. Esta visita oficial será uma oportunidade para continuar a dinamizar laços em múltiplas esferas em benefício de ambos os povos”, publicou Díaz-Canel, na plataforma X, ao chegar à capital persa vindo de Doha.
?| El Presidente @DiazCanelB fue recibido este lunes en el Palacio Sadabad, en la ciudad de Teherán, por el mandatario iraní Ayatollah Seyed Ebrahim Raisi.#DíazCanelEnIrán pic.twitter.com/3MeqRvFcU6
— Presidencia Cuba ?? (@PresidenciaCuba) December 4, 2023
Twitter/Presidencia Cuba
Díaz-Canel é recebido por Ebrahim Raisi, em Teerã, para reforçar laços estratégicos entre Cuba e Irã
Alvos de medidas coercivas por parte dos Estados Unidos, Cuba e Irã mantêm laços de amizade que perduram 44 anos, desde 8 de agosto de 1979. Durante quatro décadas, ambos assinaram e consolidaram tratados e intercâmbios em áreas como biotecnologia, nanotecnologia, indústria farmacêutica e segurança alimentar.
Em junho deste de 2023, Raisi realizou uma visita oficial a Cuba, na qual foram assinados seis documentos de cooperação.
Em conferência de imprensa com Díaz-Canel, para além dos acordos bilaterais, o iraniano afirmou que os países chegaram a discutir o conflito de Israel na Faixa de Gaza:
“Discutimos a causa palestina e as formas de apoiá-la. Denunciamos o apoio norte-americano à entidade ocupante e a incapacidade da comunidade internacional de impedir a agressão”, declarou Raisi.
“As organizações humanitárias internacionais perderam o seu papel devido à sua incapacidade de salvar o povo palestino, por isso é necessário corrigir a ordem mundial”, concluiu o líder, em crítica à atuação da Organização das Nações Unidas (ONU) para uma medida efetiva contra a guerra em Gaza.