Quarta-feira, 11 de junho de 2025
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O governo da Rússia convocou nesta terça-feira (18/04) os embaixadores de Canadá, Estados Unidos e Reino Unido para protestar contra uma suposta “interferência” desses países em assuntos internos russos.

A medida chega após críticas dos países ocidentais à condenação do ativista Vladimir Kara-Murza, opositor do governo de Vladimir Putin, a 25 anos de cadeia “por traição e divulgação de informações falsas sobre a guerra na Ucrânia“.

“Os embaixadores de EUA, Reino Unido e Canadá foram convocados por interferência flagrante nos assuntos internos da Rússia e atividades inconsistentes com o status diplomático”, diz uma nota do Ministério das Relações Exteriores de Moscou.

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As autoridades russas também assinalam que o sistema judicial russo “é independente” enquanto asseguram que “o Ocidente difama e distorce a realidade do país”. 

O Reino Unido chegou a convocar o embaixador russo em Londres por conta da condenação de Kara-Murza, que também tem cidadania britânica, e definiu como “alarmante o desrespeito aos direitos humanos na Rússia”.

Ministério das Relações Exteriores russo afirmou que 'reprimirá com determinação ações de russofobia' após EUA, Inglaterra e Canadá criticaram condenação judicial do país

Twitter/MFA Russia

Porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, em resposta aos EUA, Canadá e Inglaterra

Em resposta, a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, sublinhou que Moscou “não aceita qualquer interferência nos processos judiciais do país”, alertando Londres para a politização das questões internacionais de direitos humanos.

A representante do governo ainda denunciou que nos Estados Unidos e Canadá os direitos humanos são “constantemente e descaradamente violados”, enquanto enfatizou que tais países “perseguem seus dissidentes” e que “quaisquer ações que se juntaram à raivosa russofobia, que visam alimentar conflitos e inimizades em nossa sociedade, serão reprimidas com determinação”.

Por meio das redes sociais, a embaixada da Rússia no Canadá também afirmou que “o regime do presidente Justin Trudeau deve cuidar de seus próprios negócios e parar de interferir nos assuntos internos da Rússia se quiser manter as relações diplomáticas bilaterais dentro do quadro atual”.

(*) Com Ansa e TeleSUR