Assim como o Brasil ganhou um “conhecido novo presidente”, já que Luiz Inácio Lula da Silva assumiu um cargo que ele já havia ocupado antes por oito anos, nesta segunda-feira (02/01), o Itamaraty ganhou um “conhecido novo chanceler”, com a posse de Mauro Vieira, que também já havia ocupado a liderança da diplomacia brasileira.
Novo ministro das Relações Exteriores do Brasil, Vieira retornou ao cargo que desempenhou nos últimos 16 meses do governo da presidente Dilma Rousseff, entre janeiro de 2015 e maio de 2016. Seu currículo também inclui períodos como embaixador do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU), além de passagens por algumas das embaixadas mais importantes do país, como a da Argentina e dos Estados Unidos.
Em seu discurso de posse, o chanceler expressou que recebe a pasta com a missão de “reinserir o Brasil no mundo”, e de “reconstruir relações” como os países e as organizações internacionais.
O ministro não se referiu nominalmente ao ex-presidente Jair Bolsonaro, mas deixou claro sua opinião sobre o panorama que recebe do governo anterior. “Estivemos alijados do cenário internacional nos últimos anos por força de uma visão ideológica limitante. Com bom senso e muito trabalho e dedicação, reconquistaremos nosso lugar”, frisou.
Comissão de Relações Exteriores do Senado
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira
Segundo Vieira, o presidente Lula entregou a ele a missão de “recompor as relações diplomáticas danificadas por um retrocesso sem precedentes”.
O chanceler disse que também recebeu do mandatário a tarefa de “retomar o protagonismo diplomático do Brasil, como uma presença marcante e construtiva em fóruns internacionais, para que o país volte a ser um membro confiável e uma força positiva em favor de um mundo mais equilibrado”.
Ao finalizar, Vieira reverenciou o legado do chanceler dos primeiros mandatos de Lula, Celso Amorim, lembrando o termo “diplomacia ativa e altiva”, com o que costuma ser recordado, e dizendo que pretende recuperar essa dinâmica no Itamaraty.