O Governo da China criticou nesta terça-feira (03/01) as medidas adotadas por alguns países europeus para restringir a entrada de cidadãos chineses em seus territórios, alegando razões sanitárias, por conta do surto de covid que o país vive nas últimas semanas.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, disse que “alguns países estabeleceram restrições de entrada apenas para viajantes chineses. Isso não tem base científica e algumas práticas são inaceitáveis”.
Nesse sentido, Mao também ressaltou que Pequim “se opõe firmemente à manipulação das medidas de prevenção e controlo da pandemia para atingir objetivos políticos”.
A diplomata chinesa assegurou que o governo do seu país está estudando uma série de contramedidas “baseadas no princípio da reciprocidade”, como forma de represália aos países ocidentais de estariam discriminando os turistas chineses.
Xinhua
A porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, Mao Ning
Por sua vez, o Conselho de Aeroportos Internacionais da Europa emitiu um comunicado no sábado (31/12) na mesma linha do que frisou a porta-voz chinesa, dizendo que “as restrições aos viajantes chineses não se justificam cientificamente nem se baseiam em riscos reais”.
O documento reforça que “estas ações unilaterais não são consistentes com toda a experiência e evidências obtidas nos últimos três anos (…) são medidas sanitárias que não funcionam”.
O Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças e a Organização Mundial da Saúde (OMS) também já publicaram informes reconhecendo a ineficácia das limitações de viagens no controle da propagação da covid-19.
(*) Com informações de TeleSUR