A Frontex, agência da União Europeia para controle de fronteiras, disse nesta terça-feira (28/02) que alertou a Itália no fim do último sábado (25/02) sobre uma embarcação superlotada que navegava no Mediterrâneo.
A notícia chega em meio à repercussão do naufrágio que deixou pelo menos 64 mortos na costa da região italiana da Calábria no domingo (26/02), uma das piores tragédias no Mediterrâneo nos últimos anos.
“No final do sábado, um avião da Frontex que vigiava a área italiana de busca avistou uma embarcação pesadamente superlotada e que se dirigia rumo à costa italiana. Como sempre ocorre nesses casos, informamos imediatamente todas as autoridades italianas”, afirmou um porta-voz da agência europeia.
Segundo ele, a aeronave “monitorou a zona até ter de voltar para a base por falta de combustível”. Ainda de acordo com a Frontex, o barco transportava cerca de 200 pessoas e não apresentava “sinais de perigo”.
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Naufrágio ocorreu em trecho que não é monitorado pelas ONGs humanitárias do Mediterrâneo Central
“As autoridades italianas enviaram duas patrulhas para interceptar a embarcação, mas as condições meteorológicas adversas as obrigaram a voltar para o porto. A operação de resgate foi declarada nas primeiras horas de domingo, após o naufrágio ter sido localizado na costa de Crotone”, disse o porta-voz.
O barco havia partido da Turquia e viajava por uma rota migratória incomum, uma vez que a quase totalidade das embarcações de migrantes que chegam na Itália é originária da Líbia ou da Tunísia, no norte da África.
O naufrágio ocorreu em um trecho que não é monitorado pelas ONGs humanitárias do Mediterrâneo Central, alvos de um decreto antimigratório do governo de Giorgia Meloni que dificultou suas atividades de resgate.
(*) Com Ansa