Diante da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), o presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, denunciou nesta sexta-feira (23/09) as impunidades de Israel em relação à mortes de palestinos, classificando como “apartheid” as políticas israelenses.
Durante seu discurso, o líder palestino incitou publicamente o governo israelense a assumir suas responsabilidades econômicas, políticas e morais. Abbas pediu que o Estado de Israel peça desculpas aos palestinos pelos diversos massacres cometidos desde 1948.
O presidente também disse que seu país recorreria ao Tribunal Penal Internacional (TPI) e à outras instituições para pedir que Israel assuma suas responsabilidades, já que a Palestina “é o único país do mundo que vive sob ocupação”.
Abbas exigiu o cumprimento da resolução 181, aprovada em 1947 pela ONU, que recomenda um plano para resolver o conflito entre palestinos e judeus, defendo que há uma política “de dois pesos e duas medidas” contra seu país, que o impede de ser um membro pleno da organização.
UN Photo/Cia Pak
Mahmoud Abbas, presidente palestino, durante a Assembléia Geral das Nações Unidas nesta sexta-feira (23/09)
Segundo ele, a Palestina iniciará um processo de adesão a outras entidades internacionais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), de acordo com seu direito ao status de observador da ONU. “Pedimos que sejamos reconhecidos porque já existimos, e que nos seja concedida a plena adesão”, disse Abbas, ao mesmo tempo em que condenava os atos de interferência contra seu país.
Assassinato de Shirin Abu Akleh
Além das denúncias contra Israel, o presidente palestino também falou do assassinato da jornalista Shirin Abu Akleh enquanto cobria uma operação do exército israelense na cidade de Jenin, em maio passado.
Abbas apontou que a repórter tinha cidadania norte-americana e palestina na época de sua morte, pedindo, então, que os Estados Unidos acusem Israel pelo crime.
“Surpreendentemente, alguns Estados como os Estados Unidos afirmam respeitar o direito internacional, mas ao mesmo tempo dão apoio absoluto a Israel, permitindo-lhe continuar com suas políticas hostis”, denunciou.
(*) Com Telesur.