O FBI, a Polícia Federal norte-americana, lançou na madrugada desta quinta (07/01) um site para recolher informações sobre os invasores que entraram no Capitólio durante a sessão de certificação dos resultados eleitorais na quarta (06/01).
Na página, que pode ser traduzida para diversas línguas, o FBI diz que “está aceitando dicas e mídia digital retratando distúrbios e violência no prédio do Capitólio dos Estados Unidos e arredores em Washington, DC”.
“Se você testemunhou ações violentas ilegais, recomendamos que você envie quaisquer informações, fotos ou vídeos que possam ser relevantes para fbi.gov/USCapitol”, diz o texto. A denúncia não pode ser anônima.
INVASÃO AO CAPITÓLIO: COBERTURA COMPLETA
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A cerimônia foi interrompida por apoiadores do presidente Donald Trump que invadiram o prédio do Capitólio durante uma manifestação que contestava os resultados do pleito e a derrota do republicano.
Por conta dos protestos, dos quais Trump participou no início, o Senado entrou em lockdown e os parlamentares foram evacuados.
Nas primeiras horas da tarde, centenas de manifestantes já se concentravam em frente ao Congresso para participar do ato convocado por apoiadores de Trump e pelo próprio presidente.
AFP/Télam
FBI quer dicas para identificar invasores do Capitólio
O republicano chegou a discursar aos manifestantes e convocou “uma marcha” até o Congresso para, segundo Trump, “encorajar” senadores e deputados a rejeitarem a vitória de Biden nas eleições.
Minutos depois, os participantes do ato se dirigiram ao Capitólio e as primeiras invasões foram registradas. Pessoas quebraram vidraças e portas para entrar no prédio.
Segundo a emissora norte-americana CNN, uma mulher foi baleada dentro do Capitólio durante a invasão e morreu no hospital. Os autores do disparo e o motivo ainda são desconhecidos.
O chefe da polícia de Washington D.C., Robert Contee, afirmou que 13 pessoas foram presas durante os atos. “Ficou claro que a multidão tinha a intenção de causar danos aos nossos oficiais”, disse.
A situação só foi controlada com a chegada da Guarda Nacional, após insistentes pedidos da prefeita Muriel Bowser e da presidente da Câmara, Nancy Pelosi. Segundo a imprensa norte-americana, Trump estava relutante em enviar forças de segurança e acompanhava a invasão pela TV.