Apesar do apoio militar que os Estados Unidos oferecem a Israel no conflito contra os palestinos, firmado pelo encontro entre o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken na última quinta-feira (12/10), uma pesquisa do agência britânica Reuters aponta que 78% da população norte-americana é a favor de que Washington ofereça ajuda aos civis em Gaza.
A pesquisa feita em parceria com o instituto Ipsos e publicada nesta segunda-feira (16/10), entrevistou mais de mil norte-americanos democratas e republicanos por dois dias e descobriu que 94% e 71%, respectivamente, apoiam “um plano para permitir que os civis de Gaza fugissem para um país seguro”.
A Reuters identifica o conflito travado desde o dia 7 de outubro como “muito mais sério e de grande alcance” quando comparado ao de 2014, quando as Forças Armadas de Israel (FDI) travaram um embate com o grupo palestino Hamas, tentando impedi-lo de lançar foguetes contra Israel.
Apesar dos resultados a favor dos civis de Gaza, a mesma pesquisa identifica que 41% dos norte-americanos concordam que os EUA devem apoiar Israel nesta guerra, enquanto apenas 2% votam a favor do apoio a Palestina. No conflito de 2014, apenas 22% dos cidadãos dos EUA eram a favor do apoio a Israel.
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Ainda segundo pesquisa, apenas 2% dos norte-americanos afirmam que EUA deveriam apoiar Palestina
Dentro desses 41% identificados pela última pesquisa, 54% são republicanos e 37% são democratas. A Reuters interpreta este número como o resultado de “atritos internos entre os moderados pró-Israel e um grupo de progressistas cada vez mais críticos de Israel, especialmente pelo tratamento dispensado aos palestinos e pela expansão dos assentamentos judaicos pelo governo de extrema-direita do país”.
Outro grupo que não apoia Israel nos Estados Unidos são os jovens, que apoiam Washington ser um “mediador neutro” no conflito. No entanto, apenas 26% identificam o atual presidente, Joe Biden, como confiável para “mediar a paz no Oriente Médio”, comparados aos 32% que apoiam o ex-presidente Donald Trump para a função.
“Os demais disseram que não confiavam em nenhum dos dois ou não sabiam quem seria melhor”, informou a agência.