Uma pesquisa alimentar realizada por agências de ajuda humanitária, durante o mês de maio, revelou que 85% das crianças palestinas com menos de 5 anos foram privadas de comer por um dia inteiro no período de três dias.
De acordo com o grupo, a fome na Faixa de Gaza tem se intensificado a partir de 6 de maio, quando Israel fechou os principais acessos humanitários para o enclave e autorizou apenas a entrada de cerca de oito caminhões de ajuda por dia, o equivalente a 1% dos 500 a 600 caminhões necessários.
As contagens oficiais de mortes relatadas pelo Ministério da Saúde de Gaza diariamente não incluem fatalidades por fome. De acordo com um relatório divulgado pela agência de notícias independente Truthout, desde 7 de outubro até o momento, pelo menos 30 crianças palestinas morreram de fome.
Outro relatório da Oxfam, divulgado na segunda-feira (03/06), revelou que o risco de fome no enclave é maior do que nunca, uma vez que as operações israelenses e a obstrução de ajuda tornaram “virtualmente impossível” para que grupos humanitários realizem seus trabalhos no território palestino.
“Quando uma fome for declarada, será tarde demais. Ninguém será capaz de negar o impacto horripilante da obstrução deliberada, ilegal e cruel da ajuda por Israel […] Obstruir toneladas de alimentos para uma população desnutrida enquanto acena com bebidas e chocolate é doentio”, afirmou Sally Abi Khalil, diretora para o Oriente Médio e Norte da África da Oxfam. em comunicado.
Os médicos do Hospital dos Mártires de Al-Aqsa estão exigindo mais ajuda, incluindo recursos básicos como leite para tratar crianças desnutridas, já que os militares israelenses fecharam a passagem de Rafah, no sul de Gaza, sendo ela a principal rota de entrada de auxílio do Egito ao enclave.
(*) Com Telesur