Ao chamar de 'atos de terrorismo' do Hamas, Lula diz que resposta de Israel é 'insana'

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva utilizou seu discurso na celebração dos 20 anos do Bolsa Familia  nesta sexta-feira (20/10), para homenagear as 1,5 mil crianças palestinas mortas na Faixa de Gaza devido ao conflito entre Israel e Hamas e reafirmou o compromisso de seu governo de acabar com a fome no país até o fim de 2026.  

“Hoje, quando o programa completa 20 anos, eu fico lembrando que 1,5 mil crianças já morreram na Faixa de Gaza. Crianças que não pediram para o Hamas fazer o ato de loucura que fez, de terrorismo, atacando Israel. Mas também não pediram para que Israel reagisse de forma tão insana e matasse eles, exatamente aqueles que não têm nada a ver com a guerra. Aqueles que só querem viver, que só querem brincar, aqueles que não tiveram o direito de ser criança”, afirmou o presidente em discurso por vídeo para os participantes da cerimônia realizada nesta manhã no auditório do Ministério do Desenvolvimento Social.

A fala do petista ocorre em um momento de aumento da pressão internacional sobre Israel após um míssil atingir o hospital Al-Ahli, em Gaza, matando cerca de 500 pessoas. Além disso, nesta quarta-feira (18/10) os Estados Unidas barraram uma resolução apresentada pelo Brasil no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que previa, dentre outros pontos, a criação de um corredor humanitário na região. 

Em outro trecho da fala, Lula prestou solidariedade também às crianças mortas no conflito entre Rússia e Ucrânia. “Não é possível tanta irracionalidade, não é possível tanta insanidade que as pessoas façam uma guerra tendo em conta que as pessoas que estão morrendo são mulheres, pessoas idosas, crianças que não estão tendo sequer o direito de viver”.