O governo de Bahrein cortou os laços econômicos com Tel Aviv, conforme anunciou o próprio Parlamento do país nesta quinta-feira (02/11). A declaração foi oficialmente publicada mais cedo, que confirmou a convocação de seu embaixador em Israel, enquanto o diplomata israelense também deixou a capital Manama, suspendendo portanto as relações comerciais entre as nações.
Na decisão, o Parlamento do Bahrein se posicionou à favor da causa palestina diante dos incessantes ataques de Israel contra a Faixa de Gaza, que tem resultado diariamente em centenas de mortes: “é uma confirmação de posição sólida e histórica do Bahrein em apoio à causa palestina e aos direitos legítimos do povo palestino”, informou o comunicado.
A relação diplomática entre os países se estabeleceu em setembro de 2020, depois que Bahrein assinou os Acordos de Abraão com Israel e os Emirados Árabes Unidos, como parte da iniciativa dos Estados Unidos sob a gestão de Donald Trump.
Os acordos mediados pelos EUA, com o objetivo de normalizar os laços entre israelenses e os países do mundo árabe, abriram caminho para acordos comerciais e cooperação militar com o Bahrein.
Twitter/State of Palestine
Equipes de resgate tentam achar mais vítimas sob os escombros após ataques de Israel contra campo de refugiados de Jabalia
Diante do agravamento da guerra e aumento do número de mortes na Faixa de Gaza, autoridades internacionais têm se posicionado contra a ofensiva israelense que, desde o início da semana, tem intensificado as operações na cidade com uso de tanques e apoio das forças aéreas e marítimas para “eliminar o Hamas”.
Nesta terça-feira (31/10) a Bolívia também anunciou o fim das relações diplomáticas com Israel, logo após os bombardeamentos ao campo de refugiados de Jabalia que deixaram, pelo menos, 195 mortos, de acordo com as autoridades de Gaza. O governo boliviano condenou os ataques de Israel, acusando o Estado hebraico de cometer “crimes contra a humanidade”.
Já o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, também pediu aos Estados muçulmanos para que cortassem as exportações de petróleo e alimentos com Israel.
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, nesta quinta-feira (02/11), o número de palestinos mortos ultrapassa 9.061, enquanto as autoridades israelenses relatam mais de 1.500 mortes sob os ataques do Hamas.