O enviado especial da China para o Oriente Médio, Zhai Jun, afirmou nesta sexta-feira (20/10), após uma reunião com o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Mikhail Bogdanov, que Pequim e Moscou estão “prontas para contribuir com uma solução justa para a questão palestina“. A informação é da estatal chinesa CCTV, veiculada pela agência russa Tass.
Zhai Jun ressaltou que a China, trabalhando em conjunto com a Rússia, “está pronta” para contribuir com um processo de conversações de paz entre Israel e Palestina, e implementar uma iniciativa de dois Estados.
“Para ele, a principal razão por detrás da última escalada é que os direitos legítimos do povo palestino não foram concretizados”, menciona a Tass.
Essa não é a primeira vez que os países defendem a solução dois dois Estados para o conflito na região. O chanceler russo Sergei Lavrov e o presidente Vladimir Putin já discursaram sobre a defesa de um Estado Palestino soberano.
Junto com a declaração de disposição em mediar o conflito, a China lamentou “o elevado número de civis vítimas da escalada no Oriente Médio e o rápido agravamento da situação humanitária na Palestina”.
Forças Armadas Israelenses (FDI)
Israel estima que Hamas levou ao menos 203 reféns para Gaza, denúncia que envolve também a crise humanitária na região
Moscou media libertação de reféns do Hamas
Além de um papel diplomático na solução do conflito, o jornal catari Al Jazeera afirmou que a Rússia, por meio da sua embaixada em Tel Aviv e seu embaixador Anatoly Viktorov, está em contato com o grupo palestino Hamas, responsável pelas ofensivas de 7 de outubro, para que os reféns civis de Israel sejam libertos.
Israel estima que o Hamas levou ao menos 203 reféns para Gaza, denúncia que envolve também a crise humanitária na região, uma vez que o governo de Israel reiterou nesta quarta-feira (18/10) que a passagem de assistência para a população não será permitida enquanto os sequestrados não forem libertados.
A exigência da troca de cativos por suprimentos básicos em Gaza é discutida desde a primeira semana de guerra, tendo também a Cruz Vermelha como mediadora da situação.