O portal oficial das Forças de Defesa Israelense (IDF, em inglês) divulgou nesta terça-feira (12/12) que dos 433 soldados mortos até o momento na Faixa de Gaza durante a ofensiva terrestre de Israel, ao menos 20 foram mortos pelo chamado “fogo amigo” e outros acidentes.
A estimativa é de que 13 militares israelenses foram mortos por serem confundidos com soldados do Hamas. Outros sete morreram em acidentes das próprias forças, alguns envolvendo veículos blindados, segundo o jornal Haaretz.
As mortes dos militares por “fogo amigo” ocorreu devido a erros de identificação em ataques aéreos, bombardeios de tanques e tiros. Um soldado, por exemplo, foi morto por tiros que não tinham a intenção de atingi-los, e outros em incidentes envolvendo veículos blindados atropelando tropas. De acordo com o jornal, ainda dois soldados foram mortos por estilhaços de explosivos detonados pelas forças israelenses.
Em comunicados, as IDF avaliaram que uma série de razões levaram às mortes, como problemas de comunicação entre as forças, o cansaço dos soldados e o não cumprimento dos regulamentos.
Outros 582 soldados israelenses ficaram feridos na incursão militar terrestre – incluindo 133 com feridas graves, 218 moderadamente e 231 levemente, de acordo com dados das IDF de segunda-feira (11/12).
A violência aumentou na Palestina após o início da guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza – Tel Aviv ocupa a Cisjordânia desde a Guerra Árabe-Israelense de 1967. A cidade de Jenin e o seu campo de refugiados têm sido alvos de repetidos ataques israelenses, com dezenas de pessoas mortas este ano, incluindo mulheres e crianças.
Forças de Defesa de Israel
Tropas israelenses em invasão militar na Faixa de Gaza em fotografia divulgada em 11 de dezembro de 2023
Segundo o Ministério da Saúde palestino, o número de mortos na Palestina desde o início da atual guerra Israel-Hamas ultrapassa agora as 24.142 pessoas, dentre elas 9.420 crianças e 4.910 mulheres. Cerca de 48.901 feridos, 81 jornalistas mortos e 1.840.000 pessoas deslocadas.
A guerra em Gaza foi desencadeada pela resposta militar israelense ao ataque sem precedentes do Hamas no sul de Israel, em 7 de outubro, que matou cerca de 1.200 pessoas, a maioria civis, segundo autoridades do governo de Benjamin Netanyahu.
As forças israelenses anunciaram mais perdas entre as suas fileiras com a intensificação dos combates com a resistência palestina em diversas zonas da Faixa de Gaza, onde foi obrigada a efetuar aterragens de paraquedas para entregar abastecimentos aos seus soldados, enquanto as Brigadas Al-Qassam bombardeavam a cidade de Tel Aviv e seus subúrbios.
As IDF admitiram no domingo (10/12) que sete soldados, incluindo cinco oficiais, foram mortos durante os combates na Faixa de Gaza enquanto enfrentavam as forças do Hamas. Com o estabelecimento de uma segunda frente em Gaza, a maioria das campanhas militares da defesa israelense no sul ocorreram dentro e ao redor de Khan Younis, a segunda maior cidade dos territórios palestinos.
Isso eleva para 433 o número total de oficiais e soldados mortos cujos nomes o Exército de Israel permitiu que fossem publicados desde que o Hamas lançou a operação Tempestade Al-Aqsa em 7 de outubro.