“Tínhamos um palhaço como o [Volodymyr] Zelensky – [Juan] Guaidó […]. O imperialismo o pegou e o jogou em uma lixeira em Miami. Agora ele está vivendo como lixo em Miami, mas com milhões [no bolso]”, foram as palavras de Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, durante seu programa ‘Con Maduro +’, nesta segunda-feira (11/12).
O presidente da Venezuela afirmou que o líder ucraniano é usado pelos Estados Unidos e que será “jogado fora como um fantoche inútil”. Maduro ainda disse que Zelensky “terá o mesmo destino” que Guaidó, equiparando o dispositivo do imperialismo ao “diabo”: “haverá exemplos de mulheres e homens que serão usados para provocações e mentiras, para dividir, para encher o povo de ódio, para trazer a guerra. O imperialismo é como o diabo – você o serve, e ele depois te cospe”.
Vale lembrar que, em dezembro de 2022, os líderes da oposição decidiram acabar com o chamado “governo interino” que Guaidó liderava desde 2019 por “enfraquecimento” e por não ter cumprido os seus objetivos.
Quatro meses depois, o ex-presidente autoproclamado é alvo de diversas acusações por corrupção, lavagem de dinheiro e traição no país. O ex-deputado opositor viajou para a Colômbia e, de lá, pegou um voo para os Estados Unidos, país onde está se encontra atualmente.
Na avaliação de Maduro, o cenário político de Guaidó é comparável ao de Zelensky. Além disso, o mandatário venezuelano confirmou que a aliança entre seu país e a Rússia está no nível mais alto da história.
Nicolás Maduro compara Volodymyr Zelensky a Juan Guaidó e critica imperialismo norte-americano
Ucrânia perde apoio sobre aceleração de adesão à União Europeia
A Ucrânia, por outro lado, segue em uma série de derrotas diplomáticas.
O chanceler da Áustria, Karl Nehammer, de centro-direita, se opôs à decisão de um procedimento acelerado para a adesão do governo ucraniano e da Moldávia à União Europeia.
A declaração se alinha à posição do premiê de extrema direita da Hungria, Viktor Orbán, considerado o líder mais pró-Rússia no bloco europeu e que já ameaçou vetar as tratativas com Kiev. Sob as atuais circunstâncias, Nehammer esclareceu aos deputados austríacos que se recusa a negociar para a adesão da Ucrânia. “Não deve haver qualquer tratamento preferencial”, destacou o chanceler.
A Ucrânia e a Moldávia são atualmente países candidatos para o ingresso na União Europeia, assim como Albânia, Bósnia e Herzegovina, Macedônia do Norte, Montenegro, Sérvia e Turquia.
No entanto, há necessidade de um aval do Conselho Europeu, fórum dos líderes dos 27 Estados-membros, para dar início às negociações formais com Kiev.
“Apoiamos a total solidariedade à Ucrânia, mas, ao mesmo tempo, queremos uma abordagem equânime e clara para todos os Estados-membros. Notamos que há padrões diferentes quando se fala de Ucrânia e Moldávia e quando se fala de Bósnia”, explicou a ministra para União Europeia da Áustria, Karoline Edtstadler.