Israel pediu à Corte Internacional de Justiça (CIJ) que não emita ordens emergenciais para aumentar o envio de ajuda humanitária, incluindo alimentos, à Faixa de Gaza, em resposta à denúncia da África do Sul sobre o genocídio causado pela sua ofensiva e seus sucessivos pedidos por medidas de emergência sobre a fome na região.
Para o governo de Israel, os pedidos do país africano “são totalmente infundados de fato e de direito, moralmente repugnantes e representam um abuso tanto da Convenção sobre Genocídio quanto do próprio tribunal”.
Em um documento apresentado ao tribunal superior da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta segunda-feira (18/03), Israel diz que “tem uma preocupação real com a situação humanitária e com vidas inocentes, conforme demonstrado pelas ações que tomou e está tomando” em Gaza durante a guerra.
Nesta linha, a agência de notícias britânica Reuters afirmou que advogados israelenses negam que exista um sofrimento humanitário na região.
Famine is imminent in #Gaza.
1 in 3 children under 2 in the north are acutely malnourished. At least 23 have already died.@UNRWA teams are working tirelessly to reach families with critical aid and health assistance. Only sustained access and more supplies will save lives. pic.twitter.com/XK6hT3ms6d— UNRWA (@UNRWA) March 19, 2024
No entanto, não é o que aponta a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA). Segundo o órgão da ONU, “a fome é iminente no norte de Gaza e toda a população enfrenta níveis críticos de insegurança alimentar ou pior”.
Além disso, a agência afirma que as crianças estão morrendo de desidratação e fome.