Sábado, 14 de junho de 2025
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O jornalista e fundador de Opera Mundi, Breno Altman, disse nesta sexta-feira (22/03) concordar com o veto da China e da Rússia à proposta de resolução dos Estados Unidos votada nesta manhã pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU).

Isso por que, para Altman, a posição chinesa e russa foi “absolutamente correta” diante de uma proposta de cessar-fogo norte-americana que é “hipócrita”. 

“Este texto demandava uma capitulação disfarçada da resistência palestina, condicionando a suspensão dos ataques sionistas à libertação dos reféns”, argumentou o jornalista por meio das redes sociais ao criticar o documento dos EUA. 

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A crítica vai na mesma linha do posicionamento da delegação chinesa no Conselho de Segurança. O embaixador Zhang Jun declarou que projeto norte-americano evitava exigir um cessar-fogo imediato de forma objetiva, fazendo com que a questão “permaneça ambígua”.

Segundo o diplomata chinês, o texto não exigia um cessar-fogo imediato, mas sim “estabelecia condições para um cessar-fogo, o que não é diferente de dar luz verde à continuação dos assassinatos, o que é inaceitável”, conforme publicou a emissora catari Al Jazeera

AgênciaJCMazella
Breno Altman disse que resolução dos EUA é ‘hipocrisia’

A resolução apresentada pelos Estados Unidos no Conselho de Segurança da ONU obteve 11 votos a favor, três contrários – Argélia, Rússia e China – , e uma abstenção da Guiana. 

Rússia e China, como membros permanentes do órgão, têm poder de veto, tal qual os Estados Unidos, que também já vetaram outras três resoluções que pediam cessar-fogo no conflito: do Brasil (outubro de 2023), dos Emirados Árabes Unidos (dezembro de 2023), e da Argélia (fevereiro de 2024).

Após o veto, o presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou que seu país trabalhará em uma proposta para o órgão das Nações Unidas

“Após o veto da Rússia e da China há poucos minutos, vamos retomar o trabalho com base no projeto de resolução francês no Conselho de Segurança e trabalhar com os nossos parceiros norte-americanos, europeus e árabes para chegar a um acordo”, disse Macron ao fim de uma reunião com os líderes da União Europeia em Bruxelas.