Em um pronunciamento veiculado por televisão, o líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, reiterou nesta quarta-feira (10/04) que o “regime maligno de Israel será punido”.
As falas proferidas pela autoridade intensificaram a crise entre as nações na esteira do atentado de autoria israelense ao consulado do país persa em Damasco, capital da Síria.
O ataque foi repudiado por diversos países da comunidade internacional e classificado como uma “violação do direito internacional” durante a sessão extraordinária do Conselho das Nações Unidas (ONU), que foi convocada pela Rússia, na terça-feira passada (02/04).
O líder iraniano afirmou que o ataque, que destruiu o edifício e matou ao menos 11 pessoas – sete iranianos, três sírios, um libanês -, ignorou os compromissos globais que garantem a inviolabilidade das sedes diplomáticas.
“As sedes diplomáticas de países ao redor do mundo são consideradas território desses países, e o ataque israelense foi, na verdade, um ataque contra o território iraniano”, declarou Khamenei, acusando de “traição” os governos de países muçulmanos que seguem mantendo relações com Israel.
Por outro lado, o chanceler israelense, Israel Katz, rebateu afirmando que “se o Irã atacar a partir de seu território, Israel reagirá e atacará o Irã”. Por sua vez, o ministro da Defesa, Yoav Gallant, alertou retaliar qualquer nação que atacasse o território israelense.
Segundo a agência Bloomberg, os países aliados de Tel Aviv, como os Estados Unidos, consideram a possibilidade de que Irã ou grupos pró-iranianos possam lançar uma contraofensiva por meio de ataques com mísseis ou drones.
Na mesma quarta-feira, o presidente norte-americano Joe Biden reiterou seu apoio a Israel, durante uma coletiva de imprensa concedida na Casa Branca, ao lado do primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida.
“Como disse ao primeiro-ministro [Benjamin] Netanyahu, nosso compromisso com a segurança de Israel contra essas ameaças vindas do Irã e de seus aliados é firme”, disse o mandatário.
(*) Com Ansa