Os militares das forças israelenses confirmaram nesta sexta-feira (03/11) que atingiram um comboio de ambulâncias em frente ao Hospital al-Shifa, na cidade de Gaza. Mais cedo, o Ministério da Saúde palestino, controlado pelo Hamas, já havia acusado Tel Aviv de ter bombardeado os automóveis na região.

Segundo o Exército de Israel, publicado pela emissora catari Al Jazeera, os militares alegaram que a ambulância estava sendo usada por combatentes do Hamas. No entanto, autoridades de saúde palestinas disseram que transportava pacientes para o sul.

Em um comunicado, o grupo Hamas afirmou que os veículos foram atacados pelas forças israelenses enquanto saía do hospital Shifa para a passagem de Rafah, fronteira do Egito. A nota acrescenta que a ação deixou dezenas de pessoas mortas e feridas nas proximidades da entrada da unidade, mas sem informar a quantidade de vítimas. 

O grupo também acusou Israel de atacar uma área que fica nas proximidades do hospital Al-Quds. 

De acordo ainda com o porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, Ashraf al-Qudra, antes do veículo partir com feridos, todas as agências humanitárias, como o Conselho Internacional, a Cruz Vermelha e também das Nações Unidas, foram informados acerca do translado.

“A Cruz Vermelha nos informou de uma forma muito franca que Israel está rejeitando formas de coordenação para todas as missões humanitárias”, disse Qudra numa conferência de imprensa no hospital.

As Forças de Defesa de Israel, por sua vez, acusaram o Hamas de “controlar o combustível” do hospital Shifa, que fica no bairro North Rimal, na cidade e Gaza.

Muhammad Abu Silmeyeh, diretor da unidade, disse recentemente em uma entrevista à Al Jazeera que a situação do local não é nada bom, pois está “sem suprimentos médicos” e com o necrotério “totalmente lotado”.

(*) Com Ansa.