O Censo do Comitê de Proteção a Jornalistas (CPJ) apontou que Israel entrou, pela primeira vez na história, na lista dos países que mais prendem jornalistas no mundo, aparecendo na sexta colocação.
Segundo o jornal O Globo, o regime sionista aparece no levantamento empatado com o Irã e atrás de China, Myanmar, Bielorrússia, Rússia e Vietnã, respectivamente
Ao redor do mundo, 320 jornalistas foram presos em 2023, o segundo maior patamar desde o início dos registros. Em Israel, todos os 17 presos em 2023 eram palestinos da Cisjordânia ocupada.
O CPJ explica que Israel deteve mais de 20 jornalistas desde o início da guerra, em 7 de outubro, mas que alguns foram libertados antes da data do censo, em 1 de dezembro.
O dado é mais do que o dobro do recorde anterior, registrado no censo de 2016, quando Israel tinha sob custódia sete profissionais da imprensa palestina.
Nour Naim/Twitter
Por estarem sob custódia israelense em processos fechados, a organização não conseguiu investigar com clareza a situação dos 17 jornalistas
Destes, 14 dos profissionais presos presos por exercerem seus trabalhos estão cumprindo pena sem serem alvo de qualquer acusação formal do Estado de Israel.
“Israel já apareceu várias vezes no censo anual do CPJ, mas este é o maior número de prisões de jornalistas palestinos desde que a organização começou a documentar as detenções em 1992, e a primeira vez que o país se classificou entre os seis principais infratores”, declarou o CPJ ao divulgar o documento.
Por estarem sob custódia israelense em processos fechados, a organização não conseguiu investigar com clareza a situação dos 17 jornalistas. No entanto, segundo relatos, suas famílias acreditam que tenham sido presos por publicações em defesa da Palestina nas redes sociais.
(*) Com Brasil247