O exército israelense realizou um novo bombardeio na região de Khan Younis, uma das regiões mais atingidas conflito, no sul de Gaza.
Os ataques ocorreram na madrugada desta segunda-feira (22/01), ao menos 40 pessoas foram mortas, segundo as autoridades locais.
Em comunicado, as Forças Armadas de Israel (IDF) afirmaram que a operação consistiu em um cerco ao hospital Nasser, completando o isolamento do centro da cidade palestina.
Os militares também teriam tomado a Universidade de Al-Aqsa, a um quilômetro da zona humanitária de Moassi, perto da costa, onde se encontram milhares de refugiados.
O edifício central do Crescente Vermelho em Khan Younis também foi sitiado, e os militares israelenses paralisaram efetivamente todas as suas atividades. Tanques cercaram o prédio e atiradores de elite foram posicionados nos telhados das construções próximas.
?Urgent: Israeli tanks near PRCS Al-Amal Hospital, and we have completely lost contact with our teams in Khan Yunis due to the ground invasion.#Gaza#NotATarget ❌#IHL
— PRCS (@PalestineRCS) January 22, 2024
O Crescente Vermelho palestino – entidade similar à Cruz Vermelha que atua em países árabes – afirmou que as tropas estavam se aproximando do Hospital Al-Amal em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza. Em post no X (antigo twitter) também indicou que “perdeu completamente o contato com suas equipes em Khan Younis devido à invasão terrestre”.
Crescente Vermelha
Crescente Vermelho disse que suas ambulâncias não conseguiram chegar aos feridos em Khan Younis, após bombardeio israelense
Anteriormente, o Crescente Vermelho disse que suas ambulâncias “não conseguiram chegar aos feridos em Khan Younis”, já que “as forças de ocupação israelenses têm como alvo qualquer um que tente se mover na região”.
As tropas avançaram pela primeira vez no distrito de Al-Mawasi, perto da costa do Mediterrâneo, a oeste de Khan Younis. Lá, eles invadiram o hospital Al-Khair e prenderam equipes médicas, de acordo com informações da Reuters.
Até o momento, não houve pronunciamento do governo de Benjamin Netanyahu sobre a situação no hospital.
A ofensiva israelense em Khan Younis teve início há uma semana, e coincide com um comunicado recente de Tel Aviv, de que o principal quartel-general do Hamas estaria nessa região.
A ofensiva militar israelense na Faixa de Gaza, iniciada em 7 de outubro, após o atanque sem precedentes do Hamas ocorrido no mesmo dia, já causou a morte de mais de 25 mil civis, o que equivale a mais de 1% da população local – estimada em 2,3 milhões de pessoas. Também há registros de mais de 10 mil crianças vítimas dos ataques.