Fontes israelenses negaram nesta quarta-feira (24/01) uma “reviravolta” nas negociações com o Hamas para uma trégua que permita a libertação de mais reféns pelo grupo palestino.
Nas últimas horas, a mídia internacional citou a possibilidade de um cessar-fogo de 30 dias na guerra na Faixa de Gaza, porém ainda não há nenhuma confirmação oficial. “As informações de progressos nas negociações e de uma reviravolta não são corretas, e ainda existem muitas distâncias”, disse uma fonte citada pela imprensa local.
O premiê Benjamin Netanyahu é pressionado por familiares de reféns e por parte da sociedade civil para fazer mais em prol da libertação das pessoas mantidas em cativeiro pelo Hamas desde 7 de outubro.
Ao mesmo tempo, o primeiro-ministro garante que a guerra não vai parar enquanto o Hamas não for destruído.
“Essa é uma guerra por casa e só vai terminar quando tivermos rechaçado a maldade dos novos nazistas. Não haverá qualquer compromisso sobre a garantia da nossa segurança para as futuras gerações”, disse Netanyahu nesta quarta, em discurso no Parlamento.
Os ataques israelenses na Faixa de Gaza já mataram 25,7 mil pessoas, em sua maioria crianças e mulheres, segundo o Ministério da Saúde do enclave palestino. Atualmente, a ofensiva de Israel se concentra em Khan Younis, no sul de Gaza, e também na parte central do território.
Wafa
Refugiados palestinos fugindo do intenso bombardeamento israelense da cidade de Khan Younis
ONU alerta que rejeição de Israel em um acordo ameaça a paz global
Antonio Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) alertou Israel na terça-feira (23/01) que a rejeição de Netanyahu para uma solução de dois Estados prolongará indefinidamente o conflito e que está ameaçando a paz global ao encorajar extremistas em todos os lugares.
Em reunião ministerial do Conselho de Segurança da ONU, ele afirmou que “o direito do povo palestino de construir o seu próprio Estado totalmente independente deve ser reconhecido por todos; E uma recusa em aceitar a solução de dois Estados por qualquer parte deve ser firmemente rejeitada”.
Guterres alertou também que os riscos de escalada regional do conflito “estão agora sendo uma realidade”, apontando para o Líbano, Iêmen, Síria, Iraque e Paquistão. Ele instou todas as partes “a recuarem e a considerarem os custos horrendos” de uma guerra mais ampla.
(*) Com Ansa.