Sexta-feira, 4 de julho de 2025
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Seis profissionais da saúde que trabalham no Hospital Al-Ahli, no norte de Gaza, realizaram uma entrevista coletiva em meio a dezenas de cadáveres das vítimas do ataque israelense contra as suas instalações, realizado nesta terça-feira (17/10).

A entrevista foi difundida por diversos canais de televisão árabes, incluindo a rede de televisão Al Jazeera, do Catar. As cenas da coletiva podem ser vistas clicando neste link. São cenas muito fortes, que mostram cadáveres inclusive de menores de idade, portanto não recomendadas para pessoas sensíveis.

Durante o pronunciamento de um dos médicos, no início da transmissão, a câmera fez um zoom e mostrou mais detalhes do cenário de tragédia deixado pelo ataque perpetrado pelas Forças de Defesa de Israel (IDF, por sua sigla em inglês).

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Uma das cenas captadas pela câmera é a de um homem adulto, um sobrevivente do ataque, com um boné e camiseta azuis, sentado em frente ao púlpito onde estavam os microfones. No seu colo havia um bebê que aparentava poucos meses de idade, morto, com uma enorme ferida no abdômen.

Profissionais do hospital Al-Ahli entregaram primeiro reporte após o ataque israelense que resultou em mais de 500 mortes

Reprodução

Cena da coletiva de imprensa dos médicos do hospital Al-Ahli, após o bombardeio israelense

Ao seu lado, outro sobrevivente mantém sobre suas pernas o corpo de outra criança falecida durante o bombardeio.

Segundo o porta-voz da Defesa Civil Palestina, Mahmoud Basal, ainda não há um informe com informações mais precisas sobre o número de mortos e feridos.

Em entrevista aos meios locais, ele qualificou o ataque como “sem precedentes em nossa história”, e também como o mais letal desde o início da ofensiva israelense à Faixa de Gaza, em 7 de outubro.

“Testemunhamos tragédias em várias ataques sofridos, nos últimos dias e em anos anteriores, mas nada parecido com o que vimos hoje. O que aconteceu esta noite equivale a um genocídio”, lamentou Basal.