A Confederação Israelita do Brasil enviou uma notificação judicial ao jornalista Breno Altman sobre o processo no qual busca censurar as publicações na qual o fundador de Opera Mundi critica o regime sionista de Israel e a operação militar israelense em Gaza que já matou mais de 22 mil civis palestinos.
O que chama a atenção nesse fato é que o documento foi enviado a Altman desde um número de telefone de Israel, situação que reforça a acusação feita pelo jornalista de que a entidade é uma agência a serviço de Tel Aviv.
Em suas redes sociais, Altman ironizou o fato ressaltando justamente essa questão, dizendo que a Conib “sequer se preocupa em esconder que é uma agência do Estado de Israel em território brasileiro”.
A @coniboficial sequer se preocupa em esconder que é uma agência do Estado de Israel em território brasileiro. A notificação que recebi, sobre o processo cível de censura às minhas postagens, veio de um número de celular israelense! Não é muita cara de pau da escória sionista? pic.twitter.com/djbqvNIOmL
— Breno Altman (@brealt) January 4, 2024
“A notificação que recebi, sobre o processo cível de censura às minhas postagens, veio de um número de celular israelense”, comentou o jornalista, mostrando uma foto da notificação recebida, que foi enviada pelo número com prefixo +972, indicando que o mesmo pertence a um telefone de Israel.
Entenda o caso
Breno Altman foi alvo de outras três decisões da Justiça de São Paulo que favoreceu os pedidos da Conib para censurar suas críticas ao sionismo e à ofensiva militar de Israel.
O jornalista também é alvo de um inquérito da Polícia Federal, decorrente de uma requisição do procurador Maurício Fabreti, do Ministério Público Federal, também iniciada por denúncia da Conib.
Por outro lado, a perseguição da entidade israelita a Altman tem despertado a solidariedade de diversas figuras do mundo político, como a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, e de organizações como a Associação Brasileira de Imprensa (ABI).
Também no mundo acadêmico, dois diferentes grupos de intelectuais e acadêmicos lançaram abaixo-assinados que reúnem assinaturas em solidariedade ao jornalista contra o que consideram uma perseguição judicial movida pela Conib contra Altman.