Manifestantes e ativistas indígenas pró-Palestina da organização The Arab Resource and Organizing Center (AROC) bloquearam, por terra e água, um navio de carga militar dos Estados Unidos para Israel nesta segunda-feira (06/11) no porto de Tacoma, em Washington.
Sob a campanha “#blocktheboat” (Bloqueie o navio, em tradução), além de interferir na entrada do porto na capital norte-americana com carros, os manifestantes indígenas utilizaram canoas para impedir que o navio fosse carregado de armas para uso do governo de Tel Aviv.
From Tacoma to Oakland, we block block the boat! #BlocktheBoat
— AROC #FreePalestine (@AROCBayArea) November 6, 2023
Cerca de 500 pessoas, que proferiam frases como “Palestina Livre”, protestaram por mais de 12 horas e atrasaram em oito horas o navio norte-americano.
Uma das ativistas presentes no ato agradeceu a solidariedade que as centenas de manifestantes demonstraram aos trabalhadores da embarcação. “Por causa disso, um deles se demitiu dizendo que não seria cúmplice desse genocídio”, declarou.
Antes de enfrentar protestos em Washington, o mesmo navio, Cape Orlando, quando saiu de Oakland, na Califórnia, em direção à capital norte-americana na última sexta-feira (03/11), também foi alvo de tentativas para interrupção de seus carregamentos.
Apesar do navio ter chegado a Washington conforme seu trajeto apontava, teve sua rota atrasada em nove horas após ter sido atracado novamente ao porto quando alguns manifestantes se posicionaram na escada do navio, impedindo sua saída com seus próprios corpos.
AROC #FreePalestine/Twitter
Manifestantes em Oakland com faixa escrita "No US military aid to Israel" (Nenhuma ajuda militar dos EUA a Israel, em tradução)
PLEASE RETWEET I am here at the Port of Oakland with Bay Area community members protesting the delivery of weapons to Israel. At least one ship worker has walked off. We need media attention!!@MSNBC @CNN @AJEnglish pic.twitter.com/pUQXWbJSkh
— Becca Lewis (@beccalew) November 3, 2023
“Contamos isso ´[o atracamento do navio de volta ao porto] como uma vitória. Nós estamos assustando eles ao manter esse navio aqui”, discursou um dos manifestantes em um megafone, vestindo um moletom com os dizeres “antisionist social club” (Clube social dos antissionistas, em tradução).
O manifestante também gritou a favor dos ativistas que se posicionaram no barco, impedindo sua saída para Washington: “Eles são incríveis e estão permitindo que o navio continue aqui”.
BREAKING: The ship has been re-docked in the Oakland Port! Workers are united against the US-funded Israeli genocide. Ceasefire Now! #blocktheboat #ceasefireNow #FreePalestine pic.twitter.com/IWHbT2Z6uX
— AROC #FreePalestine (@AROCBayArea) November 3, 2023
Os manifestantes também penduraram uma bandeira da Palestina nas grades do porto de Oakland e seguravam uma faixa que levava a mensagem “No US military aid to Israel” (Nenhuma ajuda militar dos EUA a Israel, em tradução).
Apesar dos protestos nos portos de Oakland e Washington, o navio norte-americano foi carregado conforme o planejamento e envio de ajuda militar que o governo do presidente Joe Biden acordou com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.