Sábado, 19 de julho de 2025
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Terminou às 7h deste domingo (15/10), no horário de Brasília, o novo prazo dado por Israel para que civis palestinos evacuem o norte da Faixa de Gaza. Com isso, aumenta o temor de que tropas israelenses façam uma invasão terrestre do território sob controle palestino.

Israel e Palestina estão em confronto desde sábado (07/10). Desde então, mais de 3,6 mil pessoas morreram. Foram 2.450 mil em Gaza, segundo balanço palestino; e outras 1,4 mil em Israel, de acordo com autoridades locais.  

O número de mortos é o maior em Gaza em toda a história. Também é o pior em mais de 50 anos no lado israelense. Israel já lançou cerca de 6 mil bombas na Faixa de Gaza em uma semana. Em média, houve uma explosão a cada dois minutos de confronto.

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Bombardeios israelenses atingiram hospitais, campos de refugiados, prédios residenciais, veículos de imprensa e universidades. Ao menos sete jornalistas já morreram em Gaza.

A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina estima que um milhão de palestinos foram obrigados a deixar suas casas.

Resgate de brasileiros

Na madrugada deste domingo, chegou ao Brasil o quinto voo da operação do governo federal para resgate de brasileiros na área do confronto. O pouso ocorreu por volta das 1h45, no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro.

Estavam a bordo 215 brasileiros, sendo nove bebês de colo. Eles embarcaram em Tel Aviv, em Israel, no sábado.

Israel ordenou que civis deixassem área até as 7h (horário de Brasília) deste domingo; temor por invasão terrestre aumenta

Wikimedia Commons

Aumenta o temor de que tropas israelenses façam uma invasão terrestre do território sob controle palestino

Nesta primeira fase da operação já são 916 pessoas resgatadas.

A Presidência da República também destacou um avião para resgatar o grupo de brasileiros que está no lado palestino do confronto. O avião continua em Roma, na Itália, esperando autorização de autoridades egípcias para ir ao Egito.

No sábado (14/10), um grupo com 16 brasileiros iniciou o deslocamento para cruzar a fronteira. Eles estavam abrigados na escola católica Rosary Sisters, no norte de Gaza, e seguiram num ônibus fretado pelo governo brasileiro para Khan Yunis, ao sul da Faixa de Gaza. Lá, se juntaram a um outro grupo de cerca de dez brasileiros que têm interesse na repatriação.

Também no sábado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva telefonou e articulou com presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, e com o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, o apoio à retirada de brasileiros que estão tentando deixar a Faixa de Gaza. Quando estiverem no Egito, os brasileiros seguirão para aeroporto que ainda será definido para o traslado final do grupo para o Brasil.

“Os brasileiros que estavam em Gaza conseguiram sair da zona de conflito e chegaram a Khan Yunis, posto de fronteira com o Egito. Agora, vamos esperar que essa fronteira abra. Assim que abrir, imediatamente a gente consegue fazer o nosso pessoal cruzar. Mas, graças a Deus, eles estão longe da parte mais intensa dos bombardeios, que é a parte horte”, afirmou o embaixador Alessandro Candeas, chefe do Escritório de Representação do Brasil em Ramallah, na Cisjordânia.