A Campanha Palestina para o Boicote Acadêmico e Cultural de Israel (PACBI) obteve vitória nesta semana após a PUMA, marca de equipamentos esportivos, encerrar seu patrocínio à Associação de Futebol de Israel (IFA).
A iniciativa do movimento Boicote, Desinvestimentos e Sanções, que objetiva a fragilização do Estado de Israel para que sua ofensiva em Gaza seja cessada, informou que após sua campanha, a empresa “não renovará seu contrato com a Associação de Futebol de Israel (IFA)”.
O BDS informou que a PUMA “tem sido alvo de campanha mundial desde 2018 [quando firmou seu primeiro acordo com a IFA] por seu apoio ao apartheid israelense que oprime milhões de palestinos” por apoiar uma organização que “defende a manutenção de equipes em assentamentos israelenses ilegais em terras palestinas roubadas”.
A maior rede internacional da sociedade civil pró-palestina, o Comitê Nacional Palestino do BDS, também informou que “a PUMA estava sob enorme pressão para desistir do contrato” uma vez que o conflito já matou mais de 18 mil pessoas, incluindo dezenas de jogadores de futebol.
Idir Hakim/Twitter
Movimentos populares pressionaram PUMA para que empresa deixasse de patrocinar associação esportiva israelense
O movimento deixa assim uma mensagem: “a cumplicidade tem consequências”.
“Os anos de pressão implacável e global do BDS sobre a PUMA e os danos à sua imagem devem ser uma lição para todas as empresas que apoiam o apartheid israelense”, declarou a organização, que também acusou a FIFA (Federação Internacional de Futebol Associado) de ser “dominada pelo ocidente” e “proteger Israel de sua responsabilidade”.
Apesar da decisão, o movimento classifica essa como uma “vitória agridoce, pois a limpeza étnica dos palestinos por parte de Israel continua”. No entanto “dá esperança e determinação para responsabilizar todos os facilitadores de genocídio e apoiadores do apartheid até que todos os palestinos possam viver em liberdade, justiça e igualdade”.