A Organização Não-Governamental (ONG) Repórteres Sem Fronteiras rechaçou nesta sexta-feira (15/03) as perseguições e tentativas de censura que o jornalista e fundador de Opera Mundi, Breno Altman, está sofrendo por denunciar o genocídio palestino promovido por Israel na Faixa de Gaza.
A RSF disse estar “vigilante” aos riscos das ações promovidas pela Confederação Israelita do Brasil (CONIB) contra Altman.
Nas redes sociais, a organização relembrou que, entre os pedidos feitos pela CONIB à Justiça, está que Altman seja impedido de participar de entrevistas, debates ou transmissões ao vivo sobre a Palestina, o que, para eles, “representaria uma restrição inadmissível ao exercício de sua atividade jornalística”.
“A Repórteres Sem Fronteiras está vigilante aos riscos para o trabalho jornalístico de Breno Altman, do site Opera Mundi, alvo de ações judiciais movidas pela Confederação Israelita do Brasil em função de críticas que tem feito às ações do governo Netanyahu em Gaza”, disse a organização.
Altman é alvo de decisões que foram tomadas pela Justiça de São Paulo, que acatou pedidos da CONIB, cujo objetivo é censurar os comentários críticos do jornalista ao sionismo.
Para o fundador de Opera Mundi, o atual governo de Israel, liderado pelo premiê Benjamin Netanyahu, é movido por ideias racistas e impõe um regime de apartheid aos palestinos que vivem nos territórios que são controlados militarmente por Israel há anos.
Tal opinião é compartilhada por outros intelectuais, como o historiador israelense Ilan Pappe e o norte-americanos Norman Finkelstein. Ambos de família judia, assim como o próprio Altman.
🇧🇷 #Brasil A RSF está vigilante aos riscos para o trabalho jornalístico de @brealt, do site @operamundi, alvo de ações judiciais movidas pela Confederação Israelita do Brasil em função de críticas que tem feito às ações do governo Netanyahu em Gaza. https://t.co/SZaHcqZrjT
— RSF em português (@RSF_pt) March 15, 2024

Jornalista Breno Altman tem sido alvo de perseguição da CONIB por denunciar genocídio na Faixa de Gaza