A Rússia e a China vetaram nesta quarta-feira (25/10) a resolução elaborada pelos Estados Unidos durante o Conselho de Segurança das Nações Unidas, sobre a guerra entre Israel e o grupo palestino Hamas na Faixa de Gaza.
O texto foi barrado exatamente uma semana depois de o próprio país ter rejeitado as propostas da resolução brasileira focadas na abertura de corredor humanitário.
O projeto apresentado pela Casa Branca destacou o direito de autodefesa de Israel no conflito, sugerindo “pausas humanitárias” sem mencionar pedido de cessar-fogo.
O documento teve dez votos a favor (Albânia, França, Equador, Gabão, Gana, Japão, Malta, Suíça, Reino Unido e EUA). Já três votaram contra (Rússia, China e Emirados Árabes Unidos) e dois se abstiveram (Brasil e Moçambique).
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Conselho da ONU vota resoluções dos EUA e da Rússia nesta quarta-feira (25/10)
De acordo com o embaixador da Rússia na ONU, Vasily Nebenzya, o documento trabalhado pelos norte-americanos estaria “politizado”, favorecendo o próprio país com o intuito de garantir a imagem na região. Além disso, em nenhum momento o projeto condena os ataques contra os civis em Gaza, servindo portanto como uma espécie de passe livre para os israelenses ao território: “o Conselho não pode permitir isso, seria um descrédito”.
Já a China classificou o texto como “irresponsável” uma vez que não trata do cessar-fogo, e acrescentou que ele não reconhece “a ocupação de longa data da Palestina”.
Resolução da Rússia também é vetada
Em seguida, o Conselho da ONU também votou uma resolução elaborada pela Rússia que pedia o “cessar-fogo humanitário” e impedia as ordens de retirada do povo palestino em Gaza por parte dos israelenses. No entanto, o projeto também acabou sendo vetado por falta de apoio.
Para o texto, somente a Rússia, a China, os Emirados Árabes Unidos e o Gabão votaram a favor, enquanto nove membros se abstiveram. Os Estados Unidos e a Grã-Bretanha votaram contra.
“Todos vemos que a Rússia não está fazendo nada para envolver quaisquer partes relevantes ou apoiar esforços diplomáticos (inclusive por parte das Nações Unidas) para obter mais ajuda para Gaza”, disse o representante dos EUA após a votação da proposta russa.
(*) Com Reuters