O governo da Rússia apelou mais uma vez nesta segunda-feira (16/10) por um “cessar-fogo imediato” na guerra de Israel contra a Faixa de Gaza, após ofensiva do grupo islâmico Hamas. A afirmação foi divulgada pelas agências russas, citando o conselheiro presidencial para Política Externa, Yuri Ushakov.
No entanto, até o momento, o governo israelense negou qualquer hipótese de cessar-fogo com o Hamas e promete erradicar o poder militar da organização.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, conversou nesta segunda por telefone com seu homólogo iraniano, Ebrahim Raisi. O país é aliado do Hamas, mas nega qualquer envolvimento com a ofensiva realizada pelo grupo em Israel no último dia 7 de outubro.
Durante a conversa, Raisi alertou Putin que “o cerco em curso, o assassinato de mulheres e crianças e o ataque terrestre à Faixa de Gaza” levarão a “um longa guerra em diversas frentes”, informou Mohammad Jamshedi, vice-chefe de gabinete da Presidência iraniana, na rede social X (antigo Twitter).
A guerra de Israel contra o Hamas já contabiliza cerca de 4,15 mil mortos, sendo 2,75 mil do lado palestino e 1,4 mil do lado israelense.
Israel Defense Forces/ Flckr
Conselho de Segurança da ONU
Ainda nesta segunda, o Conselho de Segurança das Nações Unidas marcou para votar a proposta de resolução apresentada pelo Brasil a fim de que seja aprovado um cessar-fogo humanitário na região.
De acordo com a coluna do Jamil Chade, no Uol, a votação ocorre às 19h de Brasília. O Brasil, que preside o Conselho neste mês, apresentou uma resolução que condena os “ataques do Hamas”, pede a libertação dos reféns israelenses e solicita um “cessar-fogo humanitário”.
Além disso, insta o fim das medidas que privam os civis de necessidades básicas como eletricidade, água, combustível, alimentos e suprimentos médicos.
A missão brasileira é considerada uma das mais difíceis, uma vez que nenhuma resolução sobre a questão palestina foi aprovada no Conselho de Segurança da ONU desde 2016. Apesar dos desafios, a esperança dos diplomatas é que o texto seja equilibrado para acomodar as diversas partes envolvidas, promovendo um cessar-fogo e garantindo ajuda humanitária à população afetada pela crise no Oriente Médio.
(*) Com Ansa e Brasil 247.