Os líderes do G7, grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, se reuniram na manhã desta quinta-feira (24/02) para discutir uma resposta coletiva à invasão do exército russo à Ucrânia que aconteceu nesta manhã.
Os representantes dos países que compõem o grupo condenaram a operação militar russa e expressaram seu apoio a Kiev. O chanceler alemão Olaf Scholz, cujo país ocupa a Presidência rotativa do grupo, afirmou ser um “dia terrível para a Ucrânia”. Além disso, instou Moscou a cessar imediatamente suas operações militares.
Os chefes de governo e Estado também criticaram o envolvimento de Belarus no ataque desta madrugada e insistiram que o país do leste europeu “respeite seus compromissos internacionais”.
Por sua vez, o presidente bielorrusso, Aleksandr Lukashenko, afirmou que as forças militares do país não tiveram qualquer envolvimento no ataque.
O documento oficial divulgado pelo G7 também afirmou não haver justificação para que as fronteiras sejam alteradas.
“Esta crise constitui uma ameaça séria à ordem internacional, baseada em regras, cujas consequências vão muito além da Europa. Não há justificativa para mudar pela força as fronteiras reconhecidas internacionalmente”, afirmaram.
Os líderes da União Europeia, Ursula von der Leyen (presidente da Comissão Europeia), Charles Michel (presidente do Conselho Europeu) e o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg também estavam presentes no encontro da cúpula do g7.
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O documento divulgado pelo G7 também afirmou não haver justificação para que as fronteiras sejam alteradas
Entre os anúncios, Von der Leyen destacou que o bloco europeu tem planos prontos para receber todos os ucranianos que fugirem para Estados-membros.
“Todos os países fronteiriços têm planos para acolher imediatamente os refugiados da Ucrânia e têm todo o nosso apoio, com corredores humanitários para as pessoas que têm necessidades. Aumentaremos também a ajuda à Ucrânia e estamos completamente preparados”, disse Von der Leyen.
Os países também se posicionaram em relação às sanções que a Rússia tem sofrido desde que o presidente Vladimir Putin reconheceu as repúblicas separatistas de Lugansk e Donetsk e anunciaram novas medidas restritivas.
Von der Leyen anunciou novas sanções que o bloco aplicará contra os russos, que devem ser implementadas em 24 horas, e que, segundo a alemã, “farão com que seja impossível que o Kremlin continue com a sua ação”.
Os líderes também apoiaram uma coordenação “consistente e construtiva” dos principais fornecedores de energia para garantir o abastecimento da Europa.
Na terça-feira (22/02), a Alemanha pediu a paralisação da revisão do acordo Nord Stream 2, gasoduto que passa pelo território alemão até Berlim e dobraria o fornecimento de gás para a Europa.
*Com Ansa, Sputnik e Deutsche Welle