A União Europeia aprovou novas sanções contra a Rússia e contra Belarus por conta da guerra na Ucrânia, informou a presidência francesa do bloco nesta quarta-feira (09/03). Entre elas, está a exclusão de bancos bielorrussos do Swift, o sistema de pagamentos internacionais – a exemplo do que foi feito contra Moscou semanas atrás.
A justificativa para a inclusão de Minsk na lista de sanções é o fato de o país ser uma base para o lançamento de ataques da Rússia à Ucrânia.
Três bancos bielorrussos serão excluídos do sistema que reúne mais de 11 mil instituições financeiras do mundo e que é a principal plataforma de pagamento para compra e venda internacional, e haverá punições no setor marítimo e de criptomoedas.
Além disso, a reunião dos embaixadores dos 27 Estados-membros (Coreper) liberou novas punições a membros do governo e oligarcas dos dois países – além de membros de suas famílias – e aprovou sanções “para completar e alinhar as nossas medidas àquelas já adotadas”.
As novas medidas serão formalmente adotadas em breve pelo Conselho Europeu.
Pxfuel
UE impôs sanções contra bancos de Belarus
O anúncio desta quarta se soma aos três pacotes de sanções anteriores anunciados desde que a Rússia reconheceu as regiões separatistas de Donetsk e Lugansk como repúblicas independentes e que se acentuaram após o início dos ataques russos na Ucrânia em 24 de fevereiro.
As decisões anteriores atingiram mais de 50 entidades e organizações russas acusadas de dar apoio à invasão militar e 680 pessoas, entre elas, o próprio presidente russo, Vladimir Putin, e o ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov. Também foram excluídos sete bancos russos do sistema Swift e congelados os bens internacionais do Banco Central da Rússia.
Além disso, nesta terça, o Reino Unido seguiu a decisão dos Estados Unidos de cancelar as importações de gás e de petróleo russos. Em resposta, Moscou disse que iria anunciar uma lista de produtos estrangeiros que não poderão ser mais importados para a Rússia, e ameaçou suspender de maneira definitiva o fornecimento de gás para a Europa, o que poderia atingir países como a Alemanha, altamente dependente dele.
(*) Com Ansa