Quarta-feira, 16 de julho de 2025
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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, firmou nesta quarta-feira (05/10) as quatro leis que ratificam unilateralmente a anexação das regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Zaporizhzhia e Kherson ao território russo.

“As fronteiras dos novos sujeitos da Federação Russa, como resulta dos tratados, serão determinados pelas fronteiras que existiam no dia da sua formação e aceitação”, diz o texto repercutido pela agência estatal de notícias Tass . 

O governo de Moscou ainda nomeou os governadores interinos para os locais: Denis Pushilin liderará Donetsk; Leonid Pasechnik assumirá Lugansk; Jevhen Balitsky irá para Zaporizhzhia; e Vladimir Saldo para Kherson.

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Assim como fez em seu discurso no dia dos resultados dos referendos, Putin voltou a afirmar que a votação “foi perfeitamente transparente, convincente e objetiva” e que os êxitos “não serão colocados em discussão”.

Após o anúncio do Kremlin, o chefe do Gabinete presidencial da Ucrânia, Andriy Yermak, reclamou ao portal Unian que “as leis sobre a aceitação das regiões ucranianas que a Rússia de Putin quer anexar não valem nem no papel em que foram assinadas”.

Medida realizada pelo governo de Moscou também nomeou governadores interinos para as áreas de Donetsk, Lugansk, Zaporizhzhia e Kherson

Wikicommons

Putin afirma que referendos "foram perfeitamente transparentes, convincentes e objetivos"

“A Ucrânia vai retomar todos os seus territórios. O manicômio coletivo pode continuar a viver em um mundo imaginário. Voltemos à realidade e nós vamos retomar tudo que é nosso”, acrescentou.

Apesar da medida, o documento russo não delimita exatamente quais serão áreas anexadas, uma vez que as tropas russas não controlam plenamente nenhuma das quatro regiões.

Novo pacote de sanções

A União Europeia anunciou, também nesta quarta-feira (05/10) que conseguiu apoio unânime para um novo pacote de sanções contra a Rússia, o oitavo desde o início da guerra na Ucrânia em 24 de fevereiro.

Entre as principais medidas, está um teto de preços para o petróleo vindo da Rússia e transportado via oleodutos com o objetivo de “reduzir receitas” do Kremlin. Também há a proibição de uma série de produtos russos, com um impacto estimado de 7 bilhões de euros, e o veto à exportação de determinados itens para a Rússia, especialmente na área de tecnologia.

(*) Com Ansa