A Alemanha enviará à Ucrânia 1.000 armas capazes de destruir veículos de combate e 500 mísseis terra-ar dos estoques das Forças Armadas Alemãs (Bundeswehr). A informação foi anunciada neste sábado (26/02) pelo chanceler federal, Olaf Scholz, pelo Twitter.
“O ataque russo marca um ponto de virada. É nosso dever fazer o nosso melhor para apoiar a Ucrânia em sua defesa contra o exército invasor de Putin. É por isso que estamos entregando 1.000 armas antitanque e 500 mísseis Stinger para nossos amigos na Ucrânia”, escreveu Scholz.
O porta-voz do governo Steffen Hebestreit disse que as armas serão entregues o mais rapidamente possível para apoiar os militares ucranianos.
Lançadores de granada
Mais cedo, a Alemanha havia autorizado o envio de 400 lançadores de granadas à Ucrânia via países terceiros, segundo informações da rede de televisão pública alemã ARD.
Christophe Licoppe/União Europeia
Scholz anunciou o envio de armas à Ucrânia
Até agora, a Alemanha vinha se mantendo irredutível em não permitir que armas letais de fabricação alemã fossem enviadas à Ucrânia, uma política de longa data aplicada também a outros países. No entanto, em meio a críticas de várias nações, inclusive da própria Ucrânia, e à pressão de aliados da União Europeia e da Otan, mudou a postura.
Países do bloco europeu já haviam externado a intenção de enviar armas à Ucrânia, mas não podiam fazê-lo sem a autorização da Alemanha.
A autorização deste sábado pode significar um rápido aumento na assistência militar europeia para a Ucrânia, já que grande parte das armas e munições do continente são fabricadas na Alemanha, dando a Berlim o controle legal sobre sua transferência.
Isso, porém, não significa necessariamente que todos os pedidos de envio de armas passarão a ser aprovados por Berlim.