Quinta-feira, 12 de junho de 2025
APOIE
Menu

O governo brasileiro vai enviar o assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Celso Amorim, em uma nova reunião em Davos acerca da guerra na Ucrânia. Brasília pretende emitir uma mensagem de que é preciso trabalhar o diálogo com ambos os lados. Especialmente porque, pela terceira vez, a Rússia não foi convidada.

A reunião para se discutir a “paz na Ucrânia” em Davos, na Suíça, será neste domingo (14/01). Outros encontros com o mesmo tema já aconteceram em Copenhague e Riad, mas essa, segundo a coluna de Jamil Chade no portal Uol, será a maior de todas, com 120 conselheiros nacionais de segurança de todo o mundo convidados.

O objetivo é o mesmo das cúpulas anteriores: convencer países emergentes, principalmente os do Sul Global, a aderirem ao plano de paz ucraniano.

Receba em primeira mão as notícias e análises de Opera Mundi no seu WhatsApp!
Inscreva-se

Contudo, essa edição do encontro tem “peso maior”, uma vez que “um dos temores dos ucranianos é de que, com a guerra na Faixa de Gaza ganhando destaque e com governos ocidentais cada vez mais relutantes em enviar ajuda militar, algum tipo de solução fora da proposta por Kiev seja encontrada.

Encontro em Davos neste domingo (14/01) tem 'paz na Ucrânia' como pauta, mas sem a presença de Moscou; Celso Amorim será o representante da diplomacia brasileira

Governo da Ucrânia

Objetivo da reunião é convencer países emergentes a aderirem ao plano de paz ucraniano

Outro temor é de que, com uma eventual vitória de Donald Trump nas eleições norte-americanas neste ano, a Ucrânia fique sem o apoio dos Estados Unidos, analisa a mídia.

O problema, segundo diplomatas brasileiros, é que o plano ucraniano não significa uma base de negociações para os russos. Em dezembro, Amorim disse ao colunista que um dos cenários que poderiam ser imaginados para a Ucrânia seria um “armistício, sem uma definição jurídica formal de que terra fica com quem”.

Para ele, o plano de paz do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, “não tem futuro”. “Não é avaliar se ele é justo ou não. É o terreno que não permite que ele ocorra”, afirmou.

A chancelaria brasileira vem insistindo que, se não colocar os dois lados na mesma mesa de debate, não haverá frutos ou solução. E será essa a posição que será novamente apresentada em Davos.