O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, anunciou nesta quarta-feira (13/09) que o enviado especial do Vaticano para os assuntos de paz que envolvem a guerra na Ucrânia, cardeal Matteo Zuppi, se reunirá com o representante especial do governo chinês para assuntos eurasiáticos, Li Hui, durante sua missão de três dias a Pequim.
“Sobre a questão da Ucrânia, a China continua empenhada em promover conversações de paz e está disposta a trabalhar com todas as partes para continuar a desempenhar um papel construtivo na promoção da redução das tensões e do esfriamento da situação”, declarou Mao.
Desde o início do conflito entre Moscou e Kiev, em fevereiro de 2022, a China adotou uma postura de “neutralidade” e se absteve de condenar Moscou e fornecer cobertura diplomática, embora sua posição oficial seja a obtenção de um cessar-fogo e uma solução política para a crise.
Até o momento, Zuppi já passou por Kiev, Moscou e Washington para identificar iniciativas que possam abrir caminhos para a paz no território ucraniano.
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Receber enviado papal de alto nível é visto como medida significativa da China
Receber um enviado papal de alto nível é visto como uma medida significativa, dado os laços frios de Pequim com a Santa Sé e tendo em vista que o Vaticano possui relações bilaterais com Taiwan e é o único Estado da Europa a reconhecer Taipei, cuja China considera parte integrante do seu território.
Os laços sino-vaticanos têm passado por momentos de forte turbulência também devido a divergências sobre as nomeações de bispos na China. O Vaticano reclama que Pequim nomeou bispos unilateralmente várias vezes, violando um pacto histórico de 2018.
(*) Com Ansa