O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, afirmou nesta quarta-feira (24/02) que o ataque da Rússia contra a Ucrânia “é um ato brutal de guerra”.
“O que falávamos há meses aconteceu. É um momento grave para nós, a guerra está na Europa”, disse o representante em coletiva de imprensa, confirmando que haverá o reforço na defesa do grupo.
“As ações da Rússia impõem uma séria ameaça à segurança euro-atlântica e terão consequências geoestratégicas. Decidimos tomar novos passos para reforçar a defesa da Aliança. As nossas medidas continuarão como preventivas e proporcionais”, diz a nota. Na reunião, foi acertado que haverá aumento de forças por terra, por água e pelo ar.
A crise ucraniana se intensificou desde que Kiev cogitou se aliar à Otan, o que causou reações fortes por parte do governo de Vladimir Putin.
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Stoltenberg: ataque da Rússia contra a Ucrânia "é um ato brutal de guerra"
O governo de Belarus, aliado de Moscou, afirmou que já monitora um aumento das forças da Otan nas fronteiras de seu país e que o Estado-Maior das Forças Armadas determinou o fechamento de parte do espaço aéreo local.
“Ao longo do perímetro da nossa fronteira com a Polônia e dos Estados bálticos, o potencial militar da Otan está aumentando rapidamente”, disse o presidente Aleksandr Lukashenko em entrevista a um canal de notícias.
Há relatos ucranianos de que parte das tropas que já teria invadido o país estão saindo do território de Belarus, que está sediando um treinamento militar conjunto com Moscou há mais de um mês.
Após o apelo do premiê do Reino Unido, Boris Johnson, e do presidente da França, Emmanuel Macron, a Otan confirmou que haverá uma reunião virtual de emergência entre os líderes do grupo nesta sexta-feira (25/02). Para Johnson, o ataque russo é uma “catástrofe para o continente europeu”
(*) Com Ansa