Sexta-feira, 11 de julho de 2025
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O apoio militar ocidental à Ucrânia deve ser encerrado após o episódio no Parlamento do Canadá, que homenageou um ex-soldado nazista ucraniano, defendeu o parlamentar francês, Florian Philippot, também presidente do partido Les Patriotes. 

Por meio das redes sociais nesta terça-feira (26/09), Philippot acusou o presidente da Ucrânia, Volodymir Zelensky e o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, ambos presentes na homenagem ao veterano da Segunda Guerra Mundial, de “fingir que não sabiam” sobre o evento. 

“Que ‘homenagem infeliz’ é essa? Não aceitemos mais essas mentiras: vamos deixar de apoiar os excessos nazis do regime de Kiev! Vamos parar de financiar esse horror! Vamos trabalhar pela paz! Rapidamente!”, escreveu o parlamentar. 

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Em outras ocasiões, como na manhã desta quarta-feira (27/09), o francês escreveu uma mensagem de apoio à economia russa ao ironizar a fala do ministro da Economia da França, Bruno Le Maire, que havia “prometido o colapso da economia russa”. 

Philippot trouxe também a informação do jornal La Tribune, apontando que a economia de Moscou terá o dobro de crescimento da Zona do Euro em 2023.

Escândalo de aceno a nazismo

A convite do presidente do Parlamento do Canadá, Anthony Rota, na última sexta-feira (22/09), Yaroslav Hunka, de 98 anos, recebeu aplausos na Câmara canadense pela sua atuação na Primeira Divisão Ucraniana, também conhecida como Divisão Galícia, quando, na verdade, essas tropas atuavam em conjunto com a SS, exército paramilitar do Partido Nazista de Adolf Hitler (1889–1945).

Sediada na região da Galícia, na Ucrânia, a divisão foi incorporada à 14ª Divisão de Granadeiros da SS e foi organizada exclusivamente para combater soviéticos. 

Após Parlamento canadense homenagear soldado nazista na presença de Zelensky, político francês acusou Ocidente de financiar 'excessos nazis do regime de Kiev'

Twitter/Florian Philippot

Político francês não foi o ´primeiro a questionar intenso apoio militar que países do Ocidente entregam a Kiev

Composta por voluntários, muitos eram admiradores de Stepan Bandera (1909–1959), colaboracionista nazista ucraniano durante a Segunda Guerra Mundial, ou viam os nazistas como aliados úteis para tentar conquistar autonomia ante Moscou. Essa divisão foi acusada de praticar diversos crimes de guerra.

O acontecimento fez com que a imprensa, ativistas e líderes mundiais solicitassem um pedido de desculpas formal do premiê canadense, que estava presente na sessão e também aplaudiu o soldado nazista, ao lado do presidente ucraniano Zelensky, que estava no Canadá em busca de apoio em meio à guerra contra Rússia.  

Em meio a retaliações de líderes mundiais e rechaço da Organização das Nações Unidas, o presidente do Parlamento do Canadá, Anthony Rota, anunciou na terça-feira sua renúncia ao cargo. 

Apoio ocidental à Kiev

O político francês não foi o ´primeiro a questionar o intenso apoio militar que países do Ocidente tem entregado à Ucrânia desde o início do conflito, em fevereiro de 2022. 

O rechaço também partiu do embaixador polonês no Canadá, Witold Dzielski, que afirmou por meio das redes sociais, que “a Polônia, a melhor aliada que a Ucrânia tem, nunca concordará em coibir tais vilões [em referência a Hunka]”. 

“Como embaixada polonesa no Canadá, espero um pedido de desculpas”, finalizou Dzielski. 

A declaração do embaixador veio poucos dias após o Estado Polonês, por meio do premiê Mateusz Morawiecki, anunciar o encerramento do envio de armas à Ucrânia. Segundo o líder, a justificativa da ação é a concentração da Polônia em sua própria defesa. 

 O anúncio polonês corre na esteira de outras admissões ocidentais sobre a insustentabilidade dos consequentes envios de armas a Zelensky. Na última segunda-feira (25/09), a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, chegou a admitir publicamente que o país enviou equipamentos militares desatualizados ou quase nada funcional em diversas ocasiões.

Situação semelhante ocorre com a mais recente decisão da Bulgária, que aprovou a doação de mísseis defeituosos inutilizados pelo país para que Kiev possa usá-los caso consigam realizar o conserto. 

(*) Com Sputniknews