O presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou nesta quinta-feira (29/09) que a mobilização militar em seu país continua “parcial” e diz respeito apenas aos reservistas que já possuem experiência.
“Se houve casos de mobilização ilegal, as pessoas que foram chamadas às armas por engano devem ser imediatamente autorizadas a retornar à vida civil”, explicou o líder russo durante uma reunião do Conselho de Segurança Nacional, segundo a agência russa Ria Novosti.
A declaração do presidente foi dada após milhares de russos fugirem do país em direção à Finlândia e a Geórgia por causa da mobilização parcial de reservistas para combate na guerra da Ucrânia.
O conflito também foi tema de uma ligação entre Putin e o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, também nesta quinta. Durante a conversa, Erdogan expressou sua “satisfação com a conclusão bem-sucedida” da troca de prisioneiros entre a Rússia e a Ucrânia, e o funcionamento do Acordo de Istambul, desenvolvido com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU).
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Declaração do presidente foi dada após milhares de russos fugirem do país por causa da mobilização parcial
De acordo com a imprensa turca, Erdogan ressaltou a necessidade de medidas para reduzir as tensões, e que a Rússia “deve tomar decisões para facilitar esse processo”, especialmente no que diz respeito à anexação de algumas regiões da Ucrânia. Na última quarta-feira (28/09), foi concluído o processo de consulta popular para a incorporação das autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk e das regiões de Kherson e Zaporíjia à Rússia com grande maioria a favor do “sim”.
Durante a conversa, Putin também mencionou as falhas que o gasoduto Nord Stream, principal meio de fornecimento de gás russo para a Europa, tem apresentado. Segundo o presidente, os danos constituem um “ato de terrorismo internacional”.
(*) Com Ansa