Um relatório produzido pelo escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) registrou um aumento significativo nas violações da lei pelas forças militares da Ucrânia durante a guerra entre que esse país, apoiado pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), vem travando com a Rússia.
De acordo com o site Sputnik News, o órgão ligado à Organização das Nações Unidas (ONU) publicou o informe nesta terça-feira (27/06) mostrando que a quantidade de violações aos direitos humanos cometidas pelas tropas ucranianas aumentou acentuadamente a partir de 24 de fevereiro de 2022 – data do início do conflito entre as nações vizinhas.
O documento apresenta da ACNUDH apresenta 75 casos de detenção arbitrária de civis, entre os quais há 57 homens, 17 mulheres e uma criança.
“Alguns desses casos terminaram em desaparecimentos forçados, cometidos principalmente por agências policiais ou pelas Forças Armadas da Ucrânia”, acrescenta o informe.
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ONU registrou 75 casos de detenção arbitrária de civis pela polícia e Exército da Ucrânia, incluindo 57 homens, 17 mulheres e uma criança
Segundo os autores do relatório da ONU, mais de 40 desses prisioneiros alegam terem sofrido torturas e abusos sexuais, em centros de detenção oficiais e não oficiais – esse segundo caso seriam outras instalações, como escolas ou centros esportivos, que têm sido usados provisoriamente como prisões.
“Dos detidos entrevistados e relacionados ao conflito, um total de 43, incluindo 34 homens e nove mulheres, forneceram relatos críveis de tortura e maus-tratos cometidos por agentes da lei, militares ou guardas em instalações de detenção, alguns deles não oficiais”, afirma o texto do informe.
Entre os presos identificados pela ACNUDH, muitos casos se tratava de civis que ajudaram a distribuir e entregar a ajuda humanitária em territórios controlados pela Rússia, razão pela qual foram presos pelas forças ucranianas, acusados de “cooperar com o inimigo”.
O documento também fala da suspeita de que existiriam centros de detenção secretos, com as mesmas características dos centros não oficiais, mas que Kiev não assume que estão sendo utilizados. Caso isso fosse comprovado, significaria que os casos oficialmente registrados seriam somente uma parte do todo.
Com informações de Sputnik News.