Quinta-feira, 15 de maio de 2025
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Após o Parlamento Europeu classificar nesta quarta-feira (23/11) a Rússia como “patrocinadora do terrorismo”, a chancelaria do país rebateu a decisão, propondo que o órgão da União Europeia seja nomeado como “patrocinador da estupidez”. 

“O Parlamento Europeu adotou uma resolução reconhecendo a Rússia como 'patrocinadora do terrorismo'. Sugiro que sejam reconhecidos como patrocinadores da estupidez”, declarou hoje a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova.

Na esteira da guerra na Ucrânia, o documento da UE foi apoiado por 494 parlamentares, enquanto 58 votaram contra e 44 se abstiveram. No texto, o órgão exorta os países-membros do bloco a “desenvolverem uma base legal para elaborar uma lista de Estados patrocinadores do terrorismo e incluir a Rússia nessa lista”.

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Entre os votos contrários à resolução, a deputada irlandesa Clare Daly afirmou por meio das redes sociais que “condena a invasão da Rússia”, mas se opõe à decisão, pois considera “impróprio e imprudente o uso de uma designação de 'estado patrocinador do terrorismo'”.

“A proposta é um abuso desta instituição por facções extremistas para colocar obstáculos à paz e prolongar uma guerra que está devastando a Ucrânia e empobrecendo nosso continente. Por isso vou votar contra”, completa.   

Apesar da resolução adotada não ter quaisquer consequências jurídicas diretas entre Moscou e a União Europeia, reflete a opinião da maioria dos eurodeputados – que defende a política de “isolamento internacional da Rússia”, bem como reduzirem as relações diplomáticas com Moscou “ao mínimo absolutamente necessário”.

Já o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reagiu à adoção da resolução afirmando que “a Rússia deve ser isolada em todos os níveis e responsabilizada para acabar com sua política de terrorismo de longa data na Ucrânia e em todo o mundo”.

Além da decisão, o Parlamento Europeu também solicitou que outro pacote de sanções da UE seja imposto à Rússia devido à guerra na Ucrânia.  

(*) Com Brasil de Fato e Sputniknews.

Parlamento Europeu exortou países-membros a 'desenvolverem base legal para elaborar uma lista de Estados patrocinadores do terrorismo, incluindo a Rússia'

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Apesar da resolução adotada não ter quaisquer consequências jurídicas diretas entre Moscou e União Europeia