O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, recusou o convite para participar da conferência que discutirá uma solução para a guerra na Ucrânia, a ser realizada na Suíça, nos dias 15 e 16 de junho.
Em um comunicado enviado à Sputnik Brasil, a Secretaria-Geral da Presidência do Brasil informou que “Lula não comparecerá à cúpula da Ucrânia”. Segundo fontes do jornalista Jamil Chade, do portal UOL, “o governo disse que não faz sentido a existência de um processo sem a participação da Rússia”.
Desde o início da operação militar da Rússia na Ucrânia, o presidente brasileiro se posicionou contra as sanções impostas a Moscou e favorável a negociações entre os dois lados do conflito.
Segundo Chade, o Brasil não deve deixar de ir à conferência. “O governo examina quem representará o Brasil. Contudo, há uma decisão para que não haja uma participação do chanceler Mauro Vieira ou do assessor internacional do Planalto, Celso Amorim. O país deve ser representado apenas por um embaixador”, escreveu.
Apesar da recusa, Lula “recebeu com interesse” o convite para participar da cúpula do G7 na Itália, que acontecerá poucos dias antes do evento na Suíça, e está analisando a possibilidade de comparecer.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores brasileiro, durante a agenda do chanceler Mauro Vieira na Suíça em abril passado, Berna manifestou sua intenção de poder contar com o Brasil na conferência que vai sediar em prol da paz na Ucrânia.
Mais de 100 países foram convidados para o evento e antes mesmo de receber o convite oficial, Vieira sinalizou que Brasília só aceitaria participar do debate com a presença da Rússia no evento.
Contudo, o presidente russo Vladimir Putin não foi convidados para o evento e o Kremlin já havia afirmado que não pretende participar da iniciativa.
(*) Com Sputnik