Apesar da recente escalada de tensões, os governos da Ucrânia e da Rússia anunciaram, nesta quarta-feira (31/01), uma nova troca de prisioneiros de guerra.
Segundo o Ministério russo de Defesa, o acordo consistiu na libertação de 195 de seus soldados em troca do mesmo número de ucranianos. Por outro lado, o presidente Volodymyr Zelensky declarou que os 207 de seus detidos voltaram para o país.
“Os nossos estão em casa. Precisamos trazer todos de volta para casa e estamos trabalhando nisso”, afirmou o líder de Kiev.
Esta se configura como a 50º troca de reféns entre ambas as partes. Segundo o comissário de direitos humanos da Ucrânia, Dmitro Lubinets, até o momento, pelo menos 3.035 ucranianos voltaram para casa.
O tratado acontece uma semana após a queda de um avião militar russo na região de Belgorod, fronteira com a Ucrânia. A aeronave que foi derrubada transportava 74 passageiros, incluindo 65 prisioneiros de guerra ucranianos que seriam trocados posteriormente. No entanto, todos acabaram mortos.
Twitter/Maimunka News
Sob tensões, Rússia e Ucrânia anunciam nova troca de cerca de 200 reféns
O ocorrido alimentou tensões entre ambas as nações, uma vez que Moscou acusou Kiev por ter provocado o acidente em “um ato terrorista”. O governo ucraniano, por sua vez, não confirmou, mas também não negou a afirmação.
“O regime de Kiev cometeu um ato terrorista ao abater um avião de transporte militar russo que estava voando do aeródromo de Chkalovsky para Belgorod para transportar militares ucranianos para um intercâmbio”, declarou o Ministério russo de Defesa.
Apesar da nova troca de prisioneiros, o conflito entre russos e ucranianos continua em andamento. Segundo a Força Aérea de Kiev, o exército de Moscou teria lançado recentemente 20 drones kamikazes, mas 14 foram abatidos nas regiões de Mykolaiv, Zaporizhzhia, Dnipropetrovsk, Kirovohrad e Kharkiv.
Na avaliação do Estado-Maior ucraniano, as tropas russas estão tentando conquistar território em Kupiansk, Lyman, Bakhmut e Avdiivka, no leste da nação.
(*) Com Ansa