O chefe do Gabinete Presidencial do governo da Ucrânia, Andrei Yermak, manifestou nesta quarta-feira (17/04) que a Ucrânia pretende insistir em estabelecer um novo acordo de segurança com os Estados Unidos.
A declaração teve repercussão internacional pelo fato de o funcionário ucraniano ter usado Israel como exemplo, ao afirmar que seu país precisa de novas garantias de segurança e que espera receber o mesmo tratamento que Washington entrega a Tel Aviv.
“O acordo dos Estados Unidos com a Ucrânia não deve ter um desempenho pior do que o memorando dos Estados Unidos com Israel, que confirmou a eficácia das ações conjuntas dos aliados durante a recente resposta a um ataque massivo do Irã”, afirmou Yermak.
Para o funcionário ucraniano, seu país merece estabelecer um novo acordo de segurança, e considera que seu pedido “leva em conta as reais capacidades dos Estados Unidos, assim como os melhores elementos dos tratados de segurança já assinados pela Ucrânia”.
Vale lembrar que o governo dos Estados Unidos – liderado pelo presidente Joe Biden, do Partido Democrata – vem apresentando grandes dificuldades em aprovar no Congresso os projetos de lei sobre novos pacotes de ajuda militar e financeira à Ucrânia, que vêm recebendo fortíssima resistência por parte do Partido Republicano (opositor).
A aceitação ao pedido de Yermak também esbarrou na declaração de um dos membros do Conselho de Segurança da Casa Branca, John Kirby, contestando a visão apresentada pelo assessor ucraniano de que o caso ucraniano é similar ao israelense. Segundo o conselheiro, os Estados Unidos consideram os cenários discrepantes.
“São conflitos diferentes, com ameaças diferentes e espaço aéreo diferente. O presidente (Biden) já deixou claro desde o início do conflito na Ucrânia que os Estados Unidos não participarão neste conflito num papel de combate”, enfatizou Kirby.