Os Estados-membros da União Europeia aprovaram formalmente, nesta terça-feira (21/05), um plano para usar os lucros dos ativos do Banco Central russo congelados na UE para a defesa da Ucrânia.
“O Conselho da UE aprovou uma série de atos jurídicos que garantem que o lucro líquido recebido pelos depositários na UE provenientes de receitas de emergência [de ativos russos congelados] seja utilizado para maior apoio militar à Ucrânia, bem como ao seu potencial industrial de defesa e reconstrução”, indica o documento do bloco.
A estratégia também foi confirmada pelo chanceler da República Tcheca, Jan Lipavsky, por meio das redes sociais, no qual informa que a medida proporcionará à Ucrânia até €3 bilhões (R$ 16,6 bilhões) neste ano.
V rámci EU jsme dnes rozhodli o převedení výnosů ze zmražených aktiv ruské centrální banky ve prospěch Ukrajiny. Jen za tento rok může jít až o 74 miliard korun.
90 % z výnosů půjde na vojenskou podporu. Rusko musí zaplatit za škody napáchané svojí agresivní válkou.
— Jan Lipavský (@JanLipavsky) May 21, 2024
“Aprovamos na UE a utilização de receitas provenientes dos ativos congelados do Banco Central da Rússia para ajudar a Ucrânia. Até 3 bilhões de euros só neste ano, 90% vão para os militares da Ucrânia. A Rússia deve pagar pela guerra”, escreveu o mandatário.
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Bloco europeu espera que ativos gerem cerca de €15 bilhões a €20 bilhões (R$83 bilhões a R$110 bilhões) em lucros até 2027
Nos termos do acordo, 90% das receitas vão para um fundo gerido pela UE para financiamento militar ucraniano, sendo os outros 10% destinados a apoiar Kiev de outras formas.
Segundo a mídia norte-americana Bloomberg, a Ucrânia deverá receber a primeira parcela em julho. O bloco europeu espera que os ativos gerem cerca de €15 bilhões a €20 bilhões (R$83 bilhões a R$110 bilhões) em lucros até 2027.
(*) Com Sputnik