A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou nesta quinta-feira (02/06) que a Ucrânia não terá “atalhos” para ingressar no bloco. O país já pediu sua adesão à União Europeia, e o parecer do poder Executivo deve ser divulgado ainda neste mês.
“O ingresso da Ucrânia na União Europeia não é apenas do nosso interesse estratégico, mas também um dever moral”, disse Von der Leyen durante um fórum em Bratislava, capital da Eslováquia.
“Mas a velocidade do processo de adesão dependerá da Ucrânia e do apoio que quisermos dar. Os padrões e condições devem ser respeitados, não haverá atalhos”, ressaltou a presidente.
A Ucrânia cobra celeridade da UE e o reconhecimento de seu status de país-candidato, condição que já engloba Albânia, Macedônia do Norte, Montenegro, Sérvia e Turquia.
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Ingresso da Ucrânia na UE é ‘dever moral’, segundo Von der Leyen
No entanto, de acordo com o porta-voz do governo polonês, Piotr Muller, mesmo durante a cúpula da UE em Bruxelas, diversos líderes ocidentais demonstraram diretamente que não se deve discutir sobre o status de candidato do país do Leste Europeu, por serem contra essa adesão ao bloco.
Esta situação preocupa a Polônia, que apoia decididamente que Kiev receba rapidamente o status para adesão ao bloco.
O premiê italiano, Mario Draghi, já havia afirmado na última terça-feira (31/06) que a concessão do status de país-candidato “encontra a objeção de quase todos os grandes Estados da UE”.
Para o primeiro-ministro, incluir a Ucrânia nesse grupo significaria um “importante gesto simbólico” e uma “mensagem de apoio em meio à guerra”. A expectativa é de que o tema volte a ser discutido pelos chefes de governo e de Estado na próxima reunião do Conselho Europeu, em 23 e 24 de junho.
(*) Com Ansa e SputnikNews.