O YouTube retirou do ar nesta sexta-feira (11/03) o canal Ahí Les Va, espaço informativo para conteúdo audiovisual em espanhol da jornalista russa Inna Afinogenova, que contava com mais de 1 milhão de assinantes. “Mais de um milhão de assinantes e mais de dois anos de vida e obra de várias pessoas para a lata de lixo”, lamentou Afinogenova.
Por meio do Telegram, a jornalista, que trabalha para o portal RT, declarou que “mataram” seu canal, afirmando que com essa remoção é “como se nunca tivéssemos existido”.
“É como se esses dois anos de vida e trabalho e esforço de várias pessoas nunca tivessem existido. Tudo para o lixo em um clique. E mais de um milhão de seguidores que não foram consultados”, escreveu.
Inna Afinogenova disse ainda que a comunidade de assinantes conhece muito bem o trabalho do Ahí Les Va e declarou que apesar de ele ter sido “eliminado”, a comunidade continuará existindo.
“Seremos sempre gratos a você por nos ver, nos seguir, compartilhar e comentar. Esperamos ter lhe dado muito conhecimento e ampliado um pouco sua perspectiva”, escreveu, acrescentando que está muito orgulhosa de toda a equipe.
YouTube eliminó el canal de Ahí Les Va. Más de un millón de suscriptores y más de dos años de vida y de trabajo de varias personas. A la papelera. https://t.co/n1vyS4WYYJ
— Inna Afinogenova (@inafinogenova) March 11, 2022
O YouTube, de propriedade da Alphabet, empresa controladora do Google, anunciou nesta sexta-feira que bloquearia o acesso a canais de “mídia estatal russa” em todo o mundo e bloquearia toda a monetização em sua plataforma na Rússia.
A empresa de compartilhamento de vídeos disse que quer remover conteúdo que “nega, minimiza ou banaliza eventos violentos”, pois vai contra suas Diretrizes da Comunidade, referindo-se especificamente a conteúdos “sobre a invasão da Rússia na Ucrânia”.
O YouTube bloqueou os canais dos veículos RT e Sputnik News na União Europeia, a pedido dos governantes do bloco. Depois, anunciou que expandiria essa censura a todos os outros lugares do planeta, incluindo todos os canais “associados à mídia estatal russa”.
Os anúncios do YouTube já foram “pausados” na Rússia, mas a plataforma agora está estendendo isso para “todas as formas de monetização em nossa plataforma” no país, provavelmente afetando também os super-chats e os patrocínios.
(*) Com RT.
Wikicommons
‘Foi tudo para o lixo’, lamentou Inna Afinogenova