O Ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, afirmou neste sábado (05/03) que há razões para acreditar que o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky quer provocar um conflito entre a Otan e a Rússia.
“Se Zelensky está tão perturbado com a não-intervenção da Otan no conflito, isso significa que confia na Otan para resolver a situação. Ele pretende provocar um conflito entre a Otan e a Rússia?”, perguntou o chanceler.
Lavrov fez referência às declarações do presidente ucraniano emitidas nesta sexta-feira condenando a aliança militar por sua “incapacidade” de agir para proteger a população.
Segundo Zelenski, tudo o que a Otan conseguiu fazer foi “fornecer 50 toneladas de combustível à Ucrânia” e não aceitar o pedido de Kiev para estabelecer uma zona de exclusão no espaço aéreo no país.
“Não sei quem podem proteger e se são, de fato, capazes de proteger os seus países”, disse o presidente.
Segundo Lavrov, ainda não há uma data para a próxima rodada de negociações entre Moscou e Kiev, mas garantiu que a delegação russa está pronta para as conversas.
“[A Ucrânia] inventa desculpas para adiar o início de uma nova reunião. Estamos prontos desde ontem à noite, como os nossos colegas ucranianos bem sabiam, para passar à terceira rodada”, disse o chanceler.
Reprodução/@ZelenskyyUa
Segundo Zelenski, tudo o que a Otan conseguiu fazer foi "fornecer 50 toneladas de combustível à Ucrânia"
Kiev acusa Rússia de violar cessar-fogo
A evacuação de civis da cidade de Mariupol, no sul da Ucrânia, foi interrompida em meio a acusações de violações do cessar-fogo por parte das forças de ocupação russas.
A trégua temporária havia sido anunciada pela Rússia para a manhã deste sábado (05/03) e permitiria a saída de pessoas por meio de corredores humanitários, como tinha sido acordado nas negociações entre Moscou e Kiev em Belarus.
“Devido ao fato de que o lado russo não aderiu ao cessar-fogo e continua bombardeando Mariupol e seus arredores, a evacuação da população civil foi adiada”, diz um comunicado divulgado pela prefeitura nas redes sociais.
*Com Ansa e RT