Atualizada dia 03/12/2014
Thomas Hobbes, filósofo inglês muito influente em sua época, morre em 4 de dezembro de 1679 em Hardwick Hall. Estudou os conceitos do estado da natureza, do pacto de submissão e do contrato social.
Publicou em 1651 sua obra principal, “Leviatã”, que lhe valeu a acusação de ateísmo e a hostilidade da Igreja. Nela expôs que as pessoas são naturalmente perversas e não seriam confiáveis em governar. Por isso, acreditava que uma monarquia absoluta era a melhor forma de governo.
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Hobbes nasceu em Londres em 1588. Formou-se na Universidade de Oxford onde estudou os clássicos. Viajou a outros países europeus diversas vezes a fim de se encontrar com cientistas e estudar diversas formas de governo. Verificou que a filosofia de Aristóteles estava perdendo influência devido às descobertas de Galileu e Kepler, que formularam as leis do movimento planetário.
Interessou-se na razão pela qual os povos se permitem serem governados e qual seria a melhor forma de governo para a Inglaterra. Durante uma terceira viagem ao continente encontrou-se com o matemático e físico Marin Mersenne e, depois, com Galileu e Descartes. Descobriu os “Elementos”, de Euclides, e a geometria, que o ajudaram a clarear suas idéias sobre a filosofia.
Em 1650, publicou “Os Elementos da Lei”, em duas partes, a “Natureza Humana” e o “Do Corpo Político”. Com a idéia de que a causa de tudo está na diversidade do movimento, escreveu seu primeiro livro filosófico, “Uma Curta Abordagem a Respeito dos Primeiros Princípios” e começou a planejar sua trilogia: “De Corpore”, demonstrando que os fenômenos físicos são explicáveis em termos de movimento (publicado em 1655); “De Homine”, tratando especificamente do movimento envolvido no conhecimento e apetite humano, (1658); e “De Cive”, a respeito da organização social, que seria publicado em 1642.
Hobbes acreditava que os homens eram basicamente criaturas egoístas que fariam de tudo para melhorar sua posição particular. Deixados à solta, agiriam por impulsos perversos.Ademais, sentia que também as nações eram movidas por sentimento egoístas,pois cada uma vivia numa constante batalha por poder e riqueza.
Segundo Hobbes, os governos eram criados para proteger as pessoas de seu próprio egoísmo e maldade. O melhor governo seria aquele que tivesse o poder do Leviatã, o monstro marinho. Acreditava no governo de um rei porque sentia que um país necessitava de uma figura autoritária para exercer liderança e dar direção.
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Por julgar que o povo estaria interessado somente em promover os próprios interesses, a noção de permitir que os cidadãos elegessem seus governantes jamais funcionaria. Em consequência, conferir poder ao indivíduo criaria uma situação perigosa que daria início a uma “guerra de todos contra todos” e levaria a uma vida “solitária, pobre, desagradável, estúpida e curta”.
Apesar de sua descrença na democracia, Hobbes acreditava que um grupo distinto de representantes pudesse apresentar os problemas comuns das pessoas e evitar que o rei fosse cruel ou injusto. À época, os negócios começaram a ter uma grande influência sobre o governo. Àqueles que contribuíam com dinheiro ao governo era dado um status especial.
A fim de contrabalançar o crescente poder dos negócios, Hobbes defendia que um indivíduo poderia indicar um representante que falaria ao governo em seu favor. Chamou a isto de a “voz do povo” que significava que uma pessoa poderia ser escolhida como representante de um grupo com os mesmos pontos de vista. Mas a decisão final estaria sempre com o rei.
Com a restauração da monarquia inglesa, em 1660, Hobbes voltou a ser admitido na corte. Seis anos depois, sentiu-se ameaçado, devido à tentativa de aprovação no Parlamento de uma lei contra o ateísmo, com base na análise do “O Leviatã”. A lei não foi aprovada, mas Hobbes nunca mais pôde publicar algo sobre a conduta humana.
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